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Polí­tica

O deputado estadual Freire Junior (PV) iniciou na sessão ordinária desta terça-feira, 11, uma série de discursos sobre o que classificou de “lamentável desgoverno”. De acordo com ele, acompanhar, denunciar e criticar ainda com maior rigor os atos do Poder Executivo e levá-los ao público por meio da Tribuna, na Assembleia Legislativa é sua determinação para o ano legislativo de 2014. “A partir de hoje, e a cada nova semana deste ano de 2014, pretendo ocupar a tribuna desta casa para denunciar, criticar, desmascarar e lamentar o desgoverno que infelicita o nosso estado do Tocantins desde o começo de 2011”, discursou o parlamentar.

Freire Junior iniciou avaliando a interação entre o governador Siqueira Campos e seu filho, ex-secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos e as consequências desta relação para o Estado do Tocantins.

“Falemos, pois, do desgoverno causado e comandado por Siqueira Eduardo Campos – e aí o nome errado, trocado, não é um erro de memória e sim o respeito à história. Ou alguém aqui ou não, ainda duvida que temos um governador de direito, o velho e cansado Siqueira Campos, e um governador de fato, o seu filho e protegido Eduardo que precede o mesmo nome Siqueira Campos? Siqueira Eduardo Campos, portanto”, arrematou.

Conforme argumenta o deputado, a mensagem enviada à Assembleia Legislativa é uma mera reprodução das anteriores, que ele fez questão, junto com sua assessoria de compará-las. “Esta a mensagem de dez páginas contadas e recontadas. Mas também poderia ter sido a que nos foi enviada no começo de 2013, de 37 páginas longas e ocas. Ou quem sabe a mensagem de 2012 que custou 29 páginas a Siqueira Campos pai e a Siqueira Campos filho, ou simplesmente a Siqueira Eduardo Campos”, disse ele, questionando que não há diferenças entre elas. “Elas se repetem, com menor ou maior ênfase, e não retratam nem de longe, nem por um segundo apenas, a realidade do Tocantins onde vivemos, onde trabalhamos, onde criamos os nossos filhos. ‘Quem se deu ao trabalho de ler uma ou outra, de ler as três e especialmente a última, se espantará com a falta de criatividade, de objetividade e especialmente de verdade nas palavras que ali estão”, denunciou.

Em seu pronunciamento, Freire Jr. questiona o fato de que no último ano de seu mandato, tanto o governador Siqueira Campos, quanto o ex-secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, ainda imputarem culpa pelo que chama de “desgoverno” a administrações passadas. “Aqui está, abro aspas: ‘O ano de 2013, tal como o anterior, foi altamente desafiador para o estado, do ponto de vista da recuperação das finanças públicas.’ Aspas fechadas, Siqueira Eduardo Campos fala em “elevados sacrifícios” para a elaboração de projetos, de planos e de programas que permitiram o Tocantins avançar em todas as áreas.Que projetos, meu Deus? Que planos, Senhor? Que programas, meu Jesus Cristo amado e adorado?”, ironizou Freire Jr.

O Parlamentar lamenta que em três anos, o Executivo Estadual tenha se repetido em discursos e promessas, que não resultaram em nada palpável ou concreto. Conforme avaliou, para defender-se do vácuo criado na saúde pública no Tocantins, o governo está usando o argumento de que  “tem se debatido com a forte crise do setor.”

Ele questiona ainda o fatio de que a área da Educação, uma das promessas e bandeiras empunhadas pelo Governo do Estado, também não cumpriu as expectativas. “As escolas de tempo integral prometidas desde 2012 só aparecem quando se diz, se escreve, a obviedade de que elas “oferecem grande vantagem de garantir educação de qualidade em turno regular e oficinas pedagógicas em turno inverso, atendendo aos estudantes de forma completa., disse ele, sob o argumento de que de concreto nada foi realizado”

O deputado chamou ainda a atenção para a grave crise da segurança pública que o Tocantins vem vivendo. “Nada, nadica de nada sobre a escalada de violência que se espalha pelo interior do estado, transformando Araguaína numa das cidades mais perigosas do Brasil, e se fortalece na capital Palmas com as notícias diárias de assassinatos, de roubos, de assaltos, de execuções, de mil e uma transgressões”, cobrou ele.

Sob a ótica do parlamentar, a gestão estadual tem tentado, em vão, passar a ideia, claramente fantasiosa, de que o estado é gerido com inteligência e com competência. “Aí a piada é pronta (...), A Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, vem sendo desrespeitada há vários anos – e em 2013 o limite que era de 46,5 por cento bateu em 50,28 por cento.