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Palmas

O som automotivo equipado em carros de jovens, em sua maioria arruaceiros, tem causado muito transtorno e estresse nos cidadãos de Palmas/TO que tem seu sossego nos momentos de descanso da jornada de trabalho prejudicados. Comerciantes também estão sendo prejudicados uma vez que, até mesmo o atendimento de clientes via telefone fica comprometido, principalmente quando se tem na vizinhança uma loja de instalação destes potentes aparelhos de som onde se passa o dia todo testando os equipamentos sem o devido isolamento acústico.

O som em alturas exageradas chega a sacudir portas e janelas das casas e lojas comerciais. Muitos cidadãos estão inconformados com a exacerbação da baderna e falta de monitoramento por parte das autoridades na capital.

O Conexão Tocantins ouviu na manhã desta sexta-feira, 21, responsáveis pela fiscalização da poluição sonora de Palmas. Josivan Cardoso de Almeida, inspetor da Guarda Metropolitana de Palmas, afirmou ao Conexão Tocantins que a GMP atende na medida do possível quando é solicitada sobre o quesito poluição sonora, e que no momento da denúncia os policiais podem estar com as viaturas em outras ocorrências do mesmo quesito, impossibilitando o atendimento de todas as chamadas. “Quando possível mandamos uma equipe para ver se o som está dentro do limite permitido, mas não damos conta de atender a demanda”, disse.

Josivan Cardoso ainda afirmou que, quando os policiais chegam ao local denunciado, é averiguado se o som está no limite de decibéis permitidos para então autuar o indivíduo portador do automóvel. “Utilizamos um decibelímetro que averigua os decibéis do local, quando o som está acima dos decibéis permitidos, autuamos o cidadão e o aparelho imprime um laudo que é encaminhado para a Secretaria do Meio Ambiente que cobrará uma multa da pessoa”, pontuou.

O Conexão Tocantins também entrou em contato com o Ministério Público por meio de sua assessoria de imprensa e foi informado que, nesta sexta-feira, não haveria ninguém responsável no órgão para se pronunciar sobre o assunto e dar uma satisfação para a sociedade que vem sofrendo rotineiramente com o abuso da poluição sonora e o descumprimento da lei em Palmas. São incontáveis as reclamações dos cidadãos ao 190 da Polícia Militar, sem entretanto, serem atendidos em suas queixas.

Reclamação

Um senhor que mora na 104 Norte ligou para o Conexão Tocantins reforçando a reclamação. Indignado ele frisou que não consegue dormir à noite com o barulho numa distribuidora que fica na quadra. “Ninguém consegue dormir, ligamos para a Guarda e para a Prefeitura e não resolvem nada a gente se sente refém desses baderneiros”, disse.

O morador disse que já oficializou várias reclamações, mas não adiantou. “Parece que a gente vive numa cidade sem leis onde quem quer descansar não tem vez”, frisou.

Ele contou ainda que além do barulho há outros inconvenientes como a sujeira das ruas. “Eles quebram garrafas no meio da rua e fazem da rua um verdadeiro banheiro público”, disse. O senhor conta que não quer revelar o nome porque tem feito várias reclamações e estaria marcado por alguns dos baderneiros.

Limite

Consta na legislação que o limite máximo permitido de barulho em área residencial é de 50 decibéis (dB) no período diurno e 45 dB à noite. Nas áreas comerciais o limite máximo é de 60 dB, em qualquer período. Já nas áreas industriais é de 70 dB. Próximo de igrejas, hospitais, escolas, casas de repousos, as restrições são maiores. (Matéria atualizada às 17h45min)