A 17ª edição do Palco Giratório traz uma novidade: pela primeira vez, um espetáculo tocantinense fará parte da programação do projeto, que circula pelo Brasil levando cultura e dá acesso para a formação de plateia. “Do Repente” é uma produção da companhia Lamira, que mescla dança e teatro em apresentações na rua ou espaços públicos abertos.
Em Palmas, o espetáculo fez parte da programação VI Mostra Cultural do Sesc - Aldeia Jiquitaia, em 2013, e foi apresentado na Feira da 304 Sul. “É motivo de muito orgulho para o Sesc Tocantins saber que um espetáculo nascido aqui vai circular pelo Brasil. Essa conquista é um pouco nossa também, já que é fruto do constante apoio dado aos artistas locais”, conta a coordenadora de Cultura do Sesc Tocantins, Ana Isabel Friedlander. A curadoria do espetáculo também é do Tocantins, da promotora de artes cênicas Alessandra Britez.
E apoiar trabalhos locais também é objetivo do Palco Giratório. Desde 1998, espetáculos de teatro, dança e circo circulam pelas capitais e cidades do interior, formando plateias e levando cultura pelo país. Por intermédio do Palco Giratório, o Sesc promove o acesso a espetáculos de qualidade a um público amplo e diversificado e divulga o trabalho de profissionais provenientes de diversos estados brasileiros.
O Palco Giratório proporciona intercâmbios entre o público com a arte ao discutir assuntos atuais para reflexão sobre a sociedade, promove a qualidade de vida do trabalhador de comercio de bens, serviços e turismo e gera empregos para inúmeros profissionais que trabalham no circuito.
Do Repente
A proposta do espetáculo é tirar o público do ambiente fechado e levá-lo para a rua e praças, por exemplo. Baseado nas figuras do poeta cantador, do coquista, do aboiador, do glosador, do cordelista e do calungueiro, "Do Repente" relaciona o imaginário nordestino aos mais diversos aspectos culturais brasileiros.
A Companhia de Dança Lamira, criada em Palmas, trabalha com uma linguagem contemporânea, propondo, sempre, a interação entre público e artistas. No espetáculo "Do Repente", a companhia se apropria das pesquisas sobre a commedia dell arte, do uso das máscaras na construção da personagens e, no movimento, das possibilidades articulares existentes na manipulação de títeres (marionetes); a proposta consiste numa releitura que relaciona o universo do Romanceiro Popular nordestino, com o universo urbano e globalizado da atualidade, retirando a dança dos espaços elitizados (teatro, casas de show, etc).