A confirmação da aposentadoria do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Hebert Brito levanta várias especulações de uma possível estratégia política do governo através da cogitada indicação do vice-governador João Oliveira para a vaga. No entanto tudo ainda está no campo das possibilidades tendo em vista que a vaga deve ser ocupada por algum representante do Ministério Público de Contas.
A principal hipótese é a de que Oliveira renunciaria ao cargo para assumir a vaga vitalícia no órgão abrindo caminho assim para o governador Siqueira Campos (PSDB) também renunciar e Eduardo Siqueira ter condições de ser o candidato do atual governo. Em entrevista ao Conexão Tocantins nesta segunda-feira, 17, o vice-governador foi categórico sobre especulação. “ O Tribunal não tem nada a ver comigo, não sei nada a respeito também não tenho nenhum conhecimento com relação á aposentadoria do conselheiro (Hebert). Não acredito em nada disso porque não tem nada de concreto”, frisou.
Oliveira foi enfático quando indagado se aceitará caso o governador faça o convite para que ele seja indicado. “Com certeza não há nenhuma possibilidade para isso e não vejo nenhum desejo do governador com relação a isso”, descartou. O vice-governador defende que o candidato ao Governo seja o ex-secretário Eduardo. “ Não creio em outra candidatura a não ser a do Eduardo, porque é a mais bem articulada, que tem apoio dos prefeitos e de vários líderes”, disse.
TCE
O conselheiro Herbert vai participar da última sessão do TCE nesta quarta-feira, 19. São várias as possibilidades de indicação para sua vaga. Um dos nomes mais cotados é o procurador de Contas, Oziel Pereira, que já foi presidente do Igeprev no Tocantins e inclusive teve sua gestão questionada e acusações de supostas irregularidades. Há ainda a hipótese de que a escolhida possa ser a esposa de Oziel, Raquel Medeiros Sales de Almeida, que também é membro do Ministério Público de Contas. Os primeiros na lista por antiguidade do Ministério Público de Contas são Marcos Antônio da Silva Módes, Alberto Sevilha, Márcio Ferreira Brito e José Roberto Torres Gomes.
Além de Herbert, outra vaga pode se abrir em razão da disputa judicial provocada pela indicação de Leide Mota em 2011. Os procuradores de Contas reivindicam a indicação por antiguidade.