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Educação

Foto: Divulgação

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Em Praia Norte do Tocantins, de acordo com o presidente do Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Município (Sinprose), Francisco Frazão de Almeida, os professores da cidade estão em processo de decisão na tarde desta quarta-feira, 26, se entram ou não em greve. “Pedimos apoio da comunidade em relação ao movimento da classe, pois estamos defendendo os nossos direitos. Até que o prefeito nos apresente uma proposta decente às atividades podem ser paralisadas”, ressaltou.

Segundo o presidente do sindicato, desde 2006, a classe de professores, vem tentando dialogar com o gestor, afim de chegarem a conclusão pela a implantação do plano de carreira dos servidores da educação do município. “Mas a prefeitura vem tapeando desde então, com desculpas esfarrapadas, dizendo que o município não pode pagar um salário melhor aos professores" diz Almeida. O presidente do sindicato afirmou que a argumentação da prefeitura é de que está passando por dificuldades financeiras. "E assim segue, nos empurrando com a barriga. Quando candidato, o atual prefeito, prometeu em palanque que sua primeira ação como prefeito era implantar o plano de carreira dos professores, após três meses de empossado, esse sindicato, na pessoa de sua diretoria, procurou o prefeito, para saber de seus propósitos para com a educação, e o mesmo respondeu que tinha interesse, mais não podia pagar um melhor salário aos professores", diz o sindicalista. Segundo ele foram marcadas inúmeras reuniões com a prefeitura, "cada uma com o propósito de ganhar tempo e vem se arrastando até hoje”, salienta.

Ainda segundo o sindicato, diante do descaso, falta de compromisso e de incentivo por parte do gestor municipal, o sindicato, juntamente com sua assessoria jurídica, partiu para a ação de fazer um projeto de lei de iniciativa popular, baseado na lei orgânica do município e na constituição federal, seguindo os trâmites legais. “Montamos o projeto e colhemos assinaturas, de acordo com as determinações da lei orgânica do município e protocolamos na câmara municipal no mês de novembro de 2013, ficando assim as análises e reparos somente para fevereiro do ano seguinte, o mesmo foi analisado pelas comissões da câmara e jurídico de ambos os lados e foi até elogiado, mas agora nas proximidades de votação, os vereadores disseram que não podem votar o projeto, por que o mesmo tem que partir do gestor municipal, ou seja, pura enrolação e ganho de tempo. Mais enquanto isso, o professor tem trabalhar quarenta horas por dia e em regime de fiscalização, por que é com uns e outro não”, pontua o sindicalista.

O presidente do sindicato ainda salienta que movimento "é um pedido de socorro a todos que possam nos ajudar a nos livrar desse cárcere, dessa terra sem lei, sem justiça. Nós não aguentamos mais tanto descaso, tanto descriminação, tanta perseguição, apelamos para todos que possam nos libertar dessa ditadura", disse. Segundo ele, se a câmara de vereadores não tomar uma posição, a educação irá paralisar suas funções de docente, até o fim do mês de março. "Pois do jeito que está não vai ficar”, finaliza o sindicalista.