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Educação

Foto: Divulgação

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O Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Tocantins (Sintet) informou ao Conexão Tocantins na manhã desta terça-feira, 1º, que a greve da categoria continua. “O governo não tem proposta para nós e está mentindo”, disparou o presidente do Sintet, José Roque Santiago.

Na tarde desta segunda-feira, o Sindicato se reuniu com representantes da Secretaria Estadual da Educação mas os argumentos usados pelo governo de que maioria das reivindicações já estariam sendo atendidas piorou ainda o clima com a categoria.

A justiça determinou que a greve é legal e orientou que os professores retornem ás aulas mas o Sintet informou que não vai seguir a decisão. “ Não vamos cumprir decisão monocrática. Vamos recorrer da liminar e manter a greve”, informou.

Dentre os principais problemas apontados pela categoria está o repasse da verba mensal para manutenção das escolas, eleição direta para diretor dentre outras.

Avaliação do Sindicato

Governo não melhorou a proposta, considerada um abuso pelo sindicato, em conceder a equiparação entre PRONO e PROEB parcelada em três vezes, com retroação do tempo funcional, a partir de Janeiro de 2015, janeiro de 2016 e janeiro de 2017 e ainda se autorizado pelo Tribunal de Contas do Estado- TCE. Além disso, a categoria já decidiu em assembleia geral que não aceita o parcelamento do retroativo da progressão do edital de 2012 em seis vezes a partir de maio. Governo também não aceita incluir na revisão do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração – PCCR, o processo de eleição democrática para diretor de escola, considerado pelo sindicato um ponto crucial para tentar por fim à grande interferência política nas escolas. O único ponto de acordo é a concessão do índice da data base em 1º de Maio de acordo com a apuração das perdas inflacionárias do período de Outubro de 2013 a Abril de 2014, que o Governo promete conceder por ser um dever constitucional.

Na reunião o Governo novamente apresentou dados econômicos da arrecadação estadual e do comprometimento com o pagamento da Folha. “Todos sabem que o governo gasta a torto e a direito, basta exemplificar o caso da contratação de um secretário à distância para a pasta da Cultura, além do inchaço da folha da educação com contratos especiais em substituição de efetivos que são alocados em funções administrativas muitas vezes sem necessidades e ou concedidos com ônus à origem para outros órgãos”, afirmou Nilton Pinheiro, diretor do SINTET e membro da Comissão de Revisão do PCCR.

O secretário Lúcio Mascarenhas, da Administração, afirmou que só entregaria a proposta por escrito se a categoria suspendesse a greve e voltasse imediatamente ao trabalho, o que foi considerada uma afronta aos dirigentes que esperavam uma negociação. A reunião terminou com o secretário Lúcio Mascarenhas abandonando o encontro.

“A decisão liminar afirma que há um franco processo de negociação e que 90% da pauta foi atendida, é mentira, vamos provar isso e mostrar pra sociedade que esse Governo é contra a Educação”, afirmou José Roque. 

Com o posicionamento do sindicato a greve continua e a categoria deve ser convocada para assembleia geral nos próximos dias.