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Educação

Foto: Divulgação

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Reunidos em Assembleia Geral nesta última quinta-feira, 10, em Palmas, a categoria dos trabalhadores em Educação da rede estadual (professores e administrativos) decidiram pela grande maioria manter a greve deflagrada no dia 24 de março.

O governo aprovou o Plano de Cargos, Carreira e Salários – PCCS através da MP 11/2014, que está sendo discutida na Assembleia Legislativa. A medida desagradou profundamente a categoria, especialmente no realinhamento dos professores normalistas – PRONO, com os professores da educação básica – PROEB, escalonado em 3 anos (2015, 2016 e 2017). Na noite do último dia 09, o governo apresentou por escrito documento com propostas que seriam apreciadas na Assembleia Geral, que foram: pagamento dividido em seis vezes do retroativo das progressões do edital de 2012, prazo de 60 dias para divulgação do resultado do edital 2013, progressões em 2015 sem necessidade de edital, eleição para diretor de escola através de processo de seleção, garantia do pagamento da data base em 1º de maio, entre outras.

A categoria se sentiu desprestigiada quando, mesmo sem greve, a Polícia Civil foi agraciada com benefício que elevaram os salários de algumas funções com ganhos que chegam a mais de 100% até 2018. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Tocantins (Sintet), o plano de carreira dos professores continua o pior de todas as categorias dos servidores públicos estaduais. Para se ter uma ideia, segundo o sindicato, um professor com graduação em nível superior (PROEB), com uma jornada de 40 horas semanais, em início de carreira, ganha hoje R$ 3. 233,23, permanecendo o mesmo valor em 2015, enquanto o policial civil sobe dos atuais R$ 5.431,20 para 8.674,67 a partir de 02 de Janeiro de 2015.

Segundo o sindicato a categoria está revoltada porque nem a correção salarial de acordo com os recursos do FUNDEB, que é uma das reivindicações, o governo se comprometeu a cumprir, nem que fosse em 2015, como fez a outras categorias. Os trabalhadores da educação denunciam ainda a falta de estrutura das escolas, o crescente aumento da interferência política nas unidades e a demora no repasse dos recursos para as mesmas. Algumas delas tiveram inclusive sob ameaça de corte de luz, água e internet, segundo o sindicato.

A greve continuará por tempo indeterminado ou até quando o governo apresente proposta que possa ser acatada pela categoria. “Não aceitamos ser tratados de forma desdenhosa pelo governo. Como que nos atestavam que não tinham recurso, que já tinham atingido o teto máximo do endividamento com pessoal determinado pela LRF, e de uma hora para outra, não que sejamos contra, agraciam outra categoria em patamares elevados?”, frisou ao final da assembleia o presidente do Sintet, professor José Roque Santiago.