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Polí­tica

Para defender governo, Frederico ironizou colega do parlamento:

Para defender governo, Frederico ironizou colega do parlamento: "Aceita que doi menos" Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Para defender governo, Frederico ironizou colega do parlamento: Para defender governo, Frederico ironizou colega do parlamento: "Aceita que doi menos"

Os ânimos se exaltaram na Assembleia Legislativa do Tocantins nesta quarta-feira, 23, através do pronunciamento dos parlamentares. Tudo começou quando o deputado da oposição, Marcelo Lelis (PV) foi à tribuna criticar mais uma vez as circunstâncias das renúncias do ex-governador Siqueira Campos e do ex-vice, João Oliveira o que chama de “golpe político familiar”.

Durante sua longa fala ele citou que uma sondagem que foi feita no Estado semana passada mostrou que 38% dos tocantinenses avaliaram a renuncia como golpe político, 32% como uma traição aos eleitores e 20% como um ato normal. “Faço um apelo para que todos da  imprensa, parlamento e o povo façam valer o direito de protestar contra essa manobra política e que façam ecoar a voz da indignação”, disse. Ele criticou o que chamou de familiocracia e jogo de cartas marcadas com relação ás eleições indiretas. “Meu nome não estará nas páginas desse livro escuro. Que a força das voz das ruas possa sensibilizar a todos nós no parlamento”, frisou.

Em seguida o governista Wanderlei Barbosa (SD) foi à tribuna questionar o posicionamento de Lelis com relação á suspensão da greve dos professores. “Quando vejo retorno de 180 mil alunos não posso concordar com uma frase que o deputado Marcelo Lelis disse de que a greve não poderia parar. Ora, alunos fora da sala de aula é prejuízo absurdo é algo que incomoda não só o Sintet mas os pais”, frisou. Para Wanderlei, Lelis tentou incitar a continuidade da greve para fins eleitoreiros.

“Processo eleitoral não pode ser mais importante que a vida das pessoas desse Estado Vejo que a greve ajuda o deputado no projeto que ele tem de chegar ao governo”, acusou. Wanderlei disse ainda que chegou a pensar em apresentar uma moção de repúdio pela declaração do parlamentar.

O debate não ficou só na greve e se estendeu para o lado eleitoral. O deputado comentou ainda sobre a eleição indireta. “Utilizam disso para fazer mecanismo político. O que é familiocracia política é a mãe ser senadora, o filho é deputado federal e e o filho vereador e se tivesse mais um seria pioneiro mirim”, ironizou ao criticar a família Abreu. Wanderlei disse ainda que não há candidato definido na base do governo para e eleição direta e disse que o nome pode ser Eduardo Siqueira, Sandoval Cardoso ou outro nome que esteja melhor.

O deputado continuou com as alfinetadas a Lelis e negou uso da máquina pelo atual governo para promover o candidato do governo. “Uso da máquina.. nós sabemos que tem um processo contra Vossa Excelência por causa de uso da máquina na sua eleição do ano passado. A máquina não deu conta de te eleger mas que a máquina foi usada a seu favor, foi”, acusou se referindo ao apoio do governo estadual à candidatura de Lelis à prefeitura de Palmas em 2012.

Lelis respondeu as declarações de Wanderlei sobre seu apoio para a continuidade da greve. “A greve foi válida e foi justa”, avaliou.

Jorge Frederico, também do SD, criticou Lelis e negou que houve golpe de Estado. “O deputado é preparado e pregar isso que é um golpe do Estado é querer ir para a galera”, disse alegando que a eleição indireta será aberta para todos. “Chega de querer colocar que passamos por um golpe de Estado por todo respeito que tenho ao deputado mas isso é democracia. Aceita que dói menos”, frisou, dizendo que Lelis não será eleito.

A deputada Josi Nunes do PMDB também entrou na discussão. “ O processo é legal mas é imoral pode não ser um golpe de Estado mas é um golpe político tudo que foi organizado para que um candidato tenha condições de disputar”, disse questionando ainda a renúncia do vice antes do governador. “Não tem como tapar isso, é imoral”, frisou.

Wanderlei voltou à discussão e disse que a oposição está esperneando porque não tem conta de fazer a maioria.

Sargento Aragão (Pros) disse na discussão que a eleição será em dois turnos: no primeiro, na eleição indireta os deputados vão escolher, mas no segundo, na direta que acontecerá em outubro será o povo que vai dar o recado.

A discussão não parou por aí. Amélio Cayres do SD alfinetou Lelis. “Se é golpe e o nobre parlamentar vai disputar então ele vai participar do que ele chama de golpe? Eu quando não concordo com uma coisa não participo”, alfinetou.