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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O Encontro Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), realizado durante o último sábado, dia 31, no auditório da Assembleia Legislativa, reuniu pela manhã cinco pré-candidatos a governador. Além do pré-candidato pelo PT, ex-deputado federal e ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão, compuseram a mesa e discursaram o deputado Marcelo Lélis, pré-candidato pelo PV, o senador Ataídes Oliveira, pré-candidato pelo Pros e o ex-governador Marcelo Miranda, pré-candidato pelo PMDB. O professor Élvio Quirino, pré-candidato pelo Psol, passou rapidamente pelo local, mas declarou estar aberto às discussões em torno da unidade das oposições. 

Também estavam presentes os deputados Eli Borges e Sargento Aragão, ambos do Pros e os deputados do PT, Amália Santana e Zé Roberto, prefeito de Colinas, José Santana (PT) e demais prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, dirigentes, delegados e militantes do partido de todas as regiões do Estado.

Paulo Mourão se mostrou preocupado com o que chamou de banalização de uma sequencia de fatos ruins que estão acontecendo sucessivamente no Tocantins, como a falta de medicamentos nos hospitais, que deixa a população desassistida. “Vemos uma banalização da vida do ser humano, algo que está começando a ser normal entre nós. Esse é um governo que não tem responsabilidade com o seu povo. Está preocupado é com os arranjos para garantir sua reeleição”, discursou. Paulo Mourão citou que o Estado deve em torno R$ 30 milhões para a empresa Stock que fornece medicamentos para os hospitais. Segundo ele, a empresa Quality que aluga os veículos para a Polícia Militar ameaça retirar de circulação 300 carros por falta de pagamento do governo. “Temos a informação de que cem já pararam de circular”, alertou.

Mourão voltou a citar os números do balanço anual de 2013 que mostram que o Tocantins sofreu uma redução de sua receita liquida. “Desde que o atual governo assumiu houve uma quebra no crescimento econômico”, destacou. E chamou, mais uma vez, a atenção para o endividamento do Estado. “Somente este ano a dívida do Estado cresceu 438%”, afirmou. “Este governo não trabalha, não produz, não cuida do seu povo”, acentuou para reforçar que é hora de as oposições se entenderem. “Será que a desunião vai contribuir ou prejudicar esse governo? questionou. “Um governo ditatorial, fracassado, perverso, mal avaliado pela população, mas que vem se fortalecendo politicamente”, continuou. 

Paulo Mourão convocou os presentes para promover um movimento pela cidadania, não só de partidos políticos, mas unido “para derrotar o atual modelo de governar o Estado sem compromisso em combater a pobreza, que não cuida da educação, da juventude, não tem amparo à criança, não tem política para o idoso, ao setor produtivo e a manutenção das estradas”, elencou. Paulo Mourão entende que é preciso unir forças em torno de um projeto político que venha beneficiar o povo e não a grupos políticos. “Precisamos mudar a forma de governar esse Estado, construindo um novo modelo de gestão, com políticas públicas voltadas para a sociedade tocantinense. É momento de mudar a forma de governar. O povo quer mudança”, sintetizou. 

O presidente estadual do PT, Júlio César Brasil, abriu a reflexão sobre o momento que é de definição dos rumos da política. “O siqueirismo estava na lona e dá uma reviravolta, mas nós vamos vencer, pois somos um povo apaixonado, faz parte do nosso DNA”, destacou, referindo-se à militância petista.

O ex-governador Marcelo Miranda declarou ser a favor do debate democrático e defendeu a unidade partidária. “É preciso que possamos juntar as forças. O Tocantins tem jeito”, sinalizou. Marcelo Miranda elogiou o perfil do pré-candidato do PT, Paulo Mourão e parabenizou o partido pela escolha de Mourão. “Tenho certeza que o PT deu um passo forte”, e foi mais além.” Meu desejo é estarmos juntos”, declarou.

Ao referir-se à sua pré-candidatura, Marcelo Miranda declarou que embora tenha sensação do dever cumprido nos seus dois mandatos de governador, “mas queremos mais”, disse. “ Discutir o que é possível por este Estado. Eu me proponho a resgatar a cidadania nesse Estado”, concluiu.

Já o pré-candidato do PV, Marcelo Lélis, destacou que está disposto a discutir a união das oposições em prol de uma candidatura para derrotar o candidato do governo, mas que caso isso não seja possível neste momento, que venha acontecer numa hipótese de segundo turno. O pré-candidato do Pros, Ataídes de Oliveira, considerou que o Tocantins tem o terceiro pior governo mal avaliado, segundo pesquisa, e que falta um administrador com competência e compromisso. Ataídes também se posicionou a favor do debate político em torno das oposições.

Candidaturas

O Encontro Estadual do PT continuou no período da tarde para debater sobre as alianças e candidaturas próprias. O ex-presidente da sigla, Donizeti Nogueira e o deputado Zé Roberto destacaram que o partido já vem conversando sobre alianças com os partidos PV e Pros, mas que não descartaria as alianças com o PMDB e PCdoB, bem como outros partidos. 

Ao final, os delegados do partido decidiram por voto aberto o nome de Paulo Mourão, candidato a governador e Freitas do PT, candidato do partido ao senado. Ao final do encontro foi elaborado e aprovado o documento Resolução Política de Alianças, em que ficou decidido, entre outras questões, pela manutenção do diálogo com os pré-candidatos a governador Marcelo Miranda, Ataídes de Oliveira e Marcelo Lélis, a realização de cinco encontros nas macro regionais com a militância do PT Tocantins, visando atualização da análise da conjuntura eleitoral do programa de governo, durante o mês de junho e um novo encontro será realizado dia 28 de junho para fechamento e conclusão dos trabalhos.