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Campo

Foto: Divulgação

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Os técnicos da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) estarão na manhã da próxima quarta-feira, dia 09, monitorando a pesquisa de campo para experimento de capim elefante para produção de energia renovável. A pesquisa iniciada no mês de maio acontece no Centro Agrotecnológico de Palmas.

No experimento serão avaliados diversos aspectos direcionados a adaptação do capim ao clima e solo tocantinense como: ciclo de crescimento vegetativo, produtividade, manejo e uso da tecnologia aplicada para a produção da biomassa renovável.

Segundo o engenheiro agrônomo da Seagro, Antônio Cássio Oliveira Filho, o experimento inicial pretende validar duas variedades do capim elefante. “Iniciamos o plantio há cerca de 60 dias das variedades BRS Canará e Cameron Piracicaba, ambas lançadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A intenção é que estas mudas sejam multiplicadas para outras unidades e, consequentemente expandir para o uso energético em cerâmicas, fornos e secadores de grãos na queima da biomassa do capim”, argumentou.

“Já podemos notar um excelente crescimento do capim, demonstrando alto potencial produtivo. No final de dezembro para janeiro pretendemos aumentar o plantio para quatro hectares, incluindo novas variedades”, explicou.

Capacidade produtiva

Essa planta de origem africana possui crescimento rápido e alta produção de biomassa vegetal, e por isso é uma ótima fonte para a criação de energia renovável. O capim elefante também é um excelente auxiliar na diminuição dos gases de efeito estufa, pois absorve altas taxas de CO2 (dióxido de carbono) liberados na atmosfera.

Entre as vantagens do capim elefante podem ser citadas a necessidade de pequenas áreas de terra para o seu plantio, ciclo produtivo rápido, o que aumenta suas ofertas de mercado e também auxilia na geração em grande escala de energia renovável. No capim elefante tudo é aproveitado desde os colmos (tipo de caule) até as suas folhas, e a sua biomassa pode ser utilizada na combustão direta (queima em fornos ou caldeiras) para a produção de energia e biocombustível. Além dessas vantagens, essa planta possui metabolismo C4 e por isso, absorve melhor a luz solar e gera maior produção de fontes energéticas durante o seu processo de fotossíntese. (Ascom/Seagro)