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Campo

Foto: Divulgação

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A Central de Abastecimento do Tocantins (Ceasa/TO) fez uma estimativa da demanda de hortifrúti baseada no consumo per capita da região de Palmas, considerando onze municípios. Os dados revelaram que mais de 14 mil toneladas de alimentos entre folhosos, legumes, frutas, verduras e demais produtos considerados hortifruti são consumidos anualmente por aproximadamente 381,5 mil habitantes. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2011, a produção de hortifruti no Tocantins nas regiões de Palmas, Araguaína e Gurupi chega a 7.299 toneladas por ano.

Segundo o engenheiro agrônomo e assessor da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) Corombert Leão de Oliveira, as demandas de hortifrúti no Tocantins são supridas por outros estados produtores especializados nas diversidades que não são cultivadas no Estado. “O Tocantins não produz alguns alimentos seja por questões regionais, cultura ou clima como é o caso das frutas cítricas, da batata, cebola e alho”, explicou o engenheiro, acrescentando que o Tocantins, por exemplo, é um grande produtor de abacaxi e melancia, e a maior parte da carga vai para os grandes distribuidores, que encaminham para outras regiões que não têm tanta produtividade.

O Governo do Estado, por meio da Seagro, pretende com o programa ‘Campo Forte, Mesa Farta’, lançado no início deste mês de julho, aumentar a produção num período de quatro anos. A proposta é alcançar um crescimento de até 351,30% para chegar a uma produção estimada de 32.941 toneladas/ano.

O programa está em fase de planejamento e objetiva aumentar a área plantada, que hoje é de 468,08 ha para 2.207,71 hectares com um investimento, incentivando e capacitando em torno de 750 produtores. “O primeiro passo deve identificar as áreas que já produzem e os produtores que tem interesse em investir, depois capacitar os técnicos e os produtores e na fase final colocar à disposição dos agricultores os kits horta”, explica o diretor de Fomento a Agropecuária da Seagro, José Américo Vasconcelos, acrescentando que terão prioridade as famílias com perfil para agricultura familiar e produtores rurais que já tenham posse da terra.

De acordo com o secretário da Agricultura e Pecuária, Ruiter Padua, é necessário que haja interesse e parceria por parte dos produtores para que esse crescimento seja alcançado. “A Ceasa do Tocantins tem feito o seu papel de facilitador no processo de compra e venda de mercadorias, proporcionando variedades de produtos para a mesa do consumidor tocantinense. A leguminosa, fruta ou outro produto que o Tocantins não produz por causa de vários fatores como o clima e o solo, estão disponíveis por meio dos atacadistas que decidiram investir na distribuição dentro do Estado. Já as variedades em que o Tocantins tem condições climáticas e interesse de investimento por parte de produtores empreendedores, o governo pretende fomentar para que haja o aumento na produção e venda direta ao consumidor”, explica Padua.

O secretário ainda explica que a Ceasa/TO tem cumprido o seu papel de facilitadora distribuindo para grandes estabelecimentos e consumidores como supermercados, restaurantes, entre outros que requerem um grande volume e diversidade de produtos, e ainda para estabelecimentos nas cidades do interior. “Já o programa ‘Campo Forte, Mesa Farta’ vai contribuir para a existência dos cinturões verdes nas regiões produtoras, diminuindo distâncias entre o produtor e o centro consumidor”, disse Padua, complementando que o programa pretende profissionalizar esses produtores no plantio, processamento e classificação dos alimentos, com o objetivo de estabelecer o fornecimento de hortifrúti com maior qualidade. (Ascom/Seagro)