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Saúde

Foto: Divulgação

Durante vistoria realizada ao Hospital Geral Público de Palmas (HGPP), nesta quarta-feira, 15, membros do Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) constataram que se agravou o desabastecimento de medicamentos na unidade hospitalar. No setor de Farmácia, foi comprovada a falta de 174 tipos de remédios. Destes total, pelo menos 21 não podem ser substituídos por similares.

A lista de medicamentos em falta é datada do último dia 7 e, segundo foi apurado junto à Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), não há previsão de normalização. Entre os produtos, constam antibióticos e remédios para tratamento de câncer e de doenças cardíacas. Alguns deles são necessários para a realização de procedimentos cirúrgicos específicos. Mesmo os medicamentos disponíveis encontram-se em quantidade abaixo do normal.

Representando o MPF na vistoria, o Procurador da República Fernando Antônio Alves de Oliveira Júnior destacou o agravamento da situação desde a última inspeção que realizou ao HGPP, no mês de agosto.

Integrante do MPE, a Promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery requisitou o nome dos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto e infantil e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) que estão com tratamento comprometido pela falta dos medicamentos. A relação de nomes deve ser fornecida pela direção do HGPP no prazo de 24 horas. De posse dessas informações, a intenção do MPE e MPF é articular ações na área criminal.

Suspensão dos serviços

Na vistoria, os membros do Ministério Público percorreram o HGPP, conversando com pacientes e profissionais de saúde. No dia da inspeção, 39 pacientes estavam internados nos corredores da unidade hospitalar.

Houve reclamação sobre a falta de insumos básicos, como lençol e colchão, e foi confirmada a suspensão dos serviços de segurança armada e de manutenção predial no HGPP. O motivo da suspensão seriam os atrasos nos pagamentos às empresas prestadoras dos dois serviços, segundo informou a direção do hospital. Devido à falta de manutenção, um dos banheiros do Anexo estava interditado, com dejetos transbordando pelo vaso sanitário, exalando odor por todo o ambiente, onde se encontravam pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.

Pacientes também se queixaram sobre ausência de informações de seus quadros clínicos pela equipe médica, bem como da falta de visita por parte de algumas especialidades. (Ascom MPE)