Doze entidades de movimentos sociais encaminharam uma carta aberta de apoio à presidenciável Dilma Rousseff no Tocantins.No documento eles afirmam que apoiar Dilma é ser a favor da classe trabalhadora e além disso relatam uma série de benefícios que a petista fez no Estado.
Veja a íntegra da carta:
Em resposta aos prefeitos que declaram apoio a candidatura de Aécio Neves
Palmas, 20 de Outubro de 2014.
Preocupados com os últimos acontecimentos na última quinta-feira, 16 de outubro de 2014, nos reunimos para falar aos tocantinenses que nós trabalhadores/as precisamos ir para as ruas com a certeza que ao defender a reeleição da presidenta Dilma, estamos defendendo a continuação de diversos programas sociais que tem garantido dignidade aos/as Trabalhadores/as do Campo e da Cidade como: “Minha Casa Minha Vida” que deu moradia e dignidade a milhares de famílias em todo o Estado do Tocantins; Bolsa Família que trouxe a condição dos/os Trabalhadores/as poder se alimentar três vezes ao dia; Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec, Programa Nacional de Formação nas áreas de Reforma Agrária – Pronera, Programa de Aquisição de Alimentos com Doação Simultânea – PAA, Programa de Alimentação Escolar – PNAE, a criação de Diversas Universidades em todo o Brasil inclusive a criação e ampliação da Universidade Federal do Tocantins – UFT e dos Institutos Técnicos Federais no Tocantins o IFTO, Ciência Sem Fronteiras, criou as condições para que os/as filhos dos/as Trabalhadores tivessem acesso ao conhecimento; aplicação de credito para Agricultura familiar, para aquisição de bens e consumos com juros baixo.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para compra de máquinas aos municípios com até 50 mil habitantes recebeu do Governo Federal através do Ministério de Desenvolvimento Agrária – MDA, 01 retroescavadeira, 01 motoniveladora e 01 caminhão-caçamba, no Estado do Tocantins mais de 90% das prefeituras receberam as Maquinas do PAC2, que tem o objetivo de dar manutenção as estradas rurais dos municípios.
Não queremos isentar que o governo federal não tenha compromisso com os Estados e Municípios, e que programas não compram apoio, mas queremos deixar bem claro aos/as trabalhadores/as somente durante os governos do Presidente Lula e da Presidenta Dilma que esses Programas foram criados para fortalecer a classe trabalhadora e não aos bancos, as multinacionais e grande empresas como foi o governo do FHC/PSDB.
Se o Aécio ganhar, será uma tragédia para a imensa maioria do povo Brasileiro. Na economia será a hegemonia do capital financeiro, das empresas transnacionais e do Agronegócio. Nas políticas sociais será a volta da prática de que o mercado é que resolve, a volta do Estado mínimo, como foi nos governos de FHC e no governo Aécio em Minas. Virá assim uma desvalorização dos salários e das conquistas, além de um controle direto da direita no poder judiciário e na mídia, aumentando a repressão sobre os movimentos sociais. Na política externa, o realinhamento subordinado aos Estados Unidos e o desmantelamento do Mercosul, da Unasul e Celac. Nessas circunstâncias, se geraria um período de muitos confrontos, de muita instabilidade, no Brasil e America Latina.
Nós queremos mudanças, mas mudanças para melhorar de vida. Mudanças para que o Estado assuma com maior determinação a solução dos problemas do povo. Nós temos ainda muitos desafios, como a universalização do acesso dos jovens à universidade. Os governos Lula e Dilma dobraram o acesso de 6% para 15% da população jovem, porém é preciso pensar-nos outros 85%. Há ainda 8 milhões de déficit de moradias dignas. Falta reforma agrária, falta educação de qualidade e valorização dos professores do ensino médio. Queremos a redução da jornada de trabalho para 40 horas. E é preciso retomar a industrialização do País, única forma de aumentar os bens e criar mais empregos de qualidade.
É preciso colocar em primeiro lugar a reforma política que vai mexer em todo o sistema, e não apenas no financiamento das campanhas ou das listas de candidatos. Vai mexer também no Congresso, no judiciário e nos meios de comunicação. O caminho para isso é necessariamente uma assembléia constituinte, que teria que ser aprovada por meio de um plebiscito legal. Paralelamente, devemos incentivar, estimular e seguir colocando o máximo de energias na luta social.
Porque somente conquistaremos a assembléia constituinte, somente conseguiremos implementar as reformas estruturais, se houver um novo período de reascenso dos movimentos de massas em todo o País. Portanto, teremos uma intensa luta política nos próximos quatro anos.
“Não há a menor dúvida: para defender os interesses da classe trabalhadora, é preciso derrotar a candidatura Aécio Neves”.
Movimento dos atingidos por Barragens – MAB
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Movimento de Mulheres Camponesa - MMC
Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto - MTST
Foro Estadual de Educação do Campo
Cooperativa de Trabalho e Moradia LTDA
Cooperativa de construção Civil do Estado do Tocantins
Sociedade de apoio a luta pela moradia do Tocantins
Instituo Beneficente Xambioá
Associação de Desenvolvimento e Preservação dos Rios Araguaia Tocantins Cooperativa Agroindustrial do Reassentamento Córrego do Prata LTDA
Cooperativa de Pescadores e Piscicultores do Médio Tocantins