A indicação da senadora e presidente estadual do PMDB Tocantins, Kátia Abreu, para o Ministério da Agricultura é dada como certa pelos principais veículos da imprensa nacional. A confirmação do anúncio estava prevista para esta quinta-feira, 27, porém, de acordo com a Folha de São Paulo a indicação de Katia deve ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) mais para frente.
O motivo, segundo afirmou a Folha, é que a indicação seria pela cota do PMDB. Por outro lado há informações de que Kátia seria cota pessoal da presidente Dilma que quer contemplar a representatividade do agronegócio, setor que deu amplo apoio à reeleição da petista.
Da bancada federal do Tocantins, os deputados do PMDB afirmam que estão tentando reforçar a importância da indicação. Osvaldo Reis disse ao Conexão Tocantins nesta quinta-feira, 27, que conversou com o vice-presidente Michel Temmer sobre o assunto. Segundo o parlamentar, a indicação de Katia passa por uma discussão no PMDB. “É uma questão de entendimento interno no PMDB”, frisou, citando a divisão que a legenda passa a nível nacional.
O ex-governador e deputado federal eleito, Carlos Gaguim também está em Brasília e disse que já se manifestou favorável à indicação da colega de partido. “Conversei com o Eduardo Cunha porque é de suma importância para o Tocantins. Nosso Estado é agrícola. O Tocantins só tem uma chance: o agronegócio”, frisou. Gaguim não apoiou Dilma no segundo turno mas afirmou que é preciso esquecer questões partidárias e sendo assim a indicação de Katia estaria acima desses detalhes. “É bom para nosso Tocantins que não tem nem uma diretoria indicada no Governo Federal”, frisou.
Na próxima legislatura da Câmara o PMDB Tocantins terá outras duas parlamentares na bancada além de Gaguim: Josi Nunes e Dulce Miranda. Esta última, a mais votada nas eleições deste ano.
PT aguarda
No PT o clima é de espera e torcida. O suplente de senador, Donizeti Nogueira afirmou ao Conexão Tocantins que a última vez que conversou com o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, sobre o assunto, a indicação estava ainda em discussão. Ele chegou a dizer esta semana que a reação contrária à indicação da senadora é em razão dela ser mulher e também do Estado do Tocantins. Segundo ele, as reclamações são "dor de cotovelo".