O secretário estadual de Saúde, Samuel Bonilha, acompanhado de equipe técnica, visitou o Estoque Regulador da Secretaria da Saúde (Sesau) na tarde desta segunda-feira, 5, com o objetivo de conhecimento a real situação do que está disponível para uso imediato pelos hospitais do Estado. Na visita, o gestor encontrou amontoados de materiais e medicamentos inservíveis e disse que ações estão sendo tomadas para a regularização em até três meses.
Segundo o secretário, materiais hospitalares que estavam armazenados do lado de fora do Estoque não seguiram às boas práticas de armazenamento e ficaram expostos a sol e chuva. “Estes materiais passarão por análise da Vigilância Sanitária que irá dizer o que é apropriado para ser utilizado e o que não é. Outra questão é que tiraram 10 toneladas de medicamentos e insumos vencidos que foram encaminhados para incinerar. Esse material do estoque, só nos três primeiros meses do ano, vai vencer em torno de R$ 1.200 milhões. Acredito que em seis meses vencem uma quantidade enorme de materiais", afirmou.
No momento a Sesau trabalha com a organização e tipificação dos materiais e medicamentos que estão no Estoque Regulador, além da análise das datas de validade. De acordo com o secretário, há muitos produtos que devem vencer nos próximos três meses. “Com tudo isso estragando, vocês podem ver que havia falta de planejamento, organização e comunicação entre esta unidade e os hospitais”, comentou.
Para melhorar o controle dos materiais em estoque e evitar desperdícios como os presenciados na visita, Bonilha disse que será implantado um sistema que “converse” com os hospitais. “Temos que alimentar o sistema e passar o inventário do que tem aqui para ele para que possamos controlar o estoque. Essa situação deve ser regularizada em até três meses”, garantiu.
Com o intuito de diminuir os prejuízos ao Estado, o gestor disse que verificará junto aos médicos, a possibilidade de prescrição dos medicamentos que estão bons, mas vencem em pouco tempo. Além disso, se comprometeu a fazer processos licitatórios anuais e elaborar o histórico de consumo de produtos para que sejam solicitados de maneira mais eficaz. “Vamos colocar tudo em dia e estamos em contato com os fornecedores para que, enquanto não façamos os acertos, possamos cumprir pontualmente as faltas”, frisou. (Com informações ATN)