A Comissão formada por representantes de servidores se reuniu na tarde desta quarta-feira, 7, com o secretário da Fazenda, Paulo Afonso para tratarem do pagamento do salário de dezembro dos servidores e até o momento não há ainda nenhuma solução oficializada e as partes dialogam em busca de uma resolução.
Na reunião o secretário informou que há alguns impedimentos para conseguir a antecipação da receita um deles é o vencimento do Certificado de Regularização Previdenciária – CRP do Igeprev que venceu dia 30 de dezembro e impede algumas operações por parte do Estado que está inadimplente ainda com relação a dois convênios da Educação. A folha de dezembro é de mais de R$ 230 mi.
Vários líderes sindicais ouvidos pelo Conexão Tocantins informaram que a esperança é que com os recursos do ICMS e do FPE que vão entrar na conta do Estado nos dias 9 e 10 dê para a atual gestão quitar a folha. O impasse, porém é que a atual gestão está sem orçamento aprovado ainda esse ano e também com muitas dívidas deixadas pela gestão anterior inclusive nas áreas essenciais.
O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, informou ao Conexão Tocantins no intervalo da reunião que os impedimentos para o Estado conseguir antecipar recursos não é justificativa para não pagar os salários. “ Nós não queremos saber de empréstimos ou financiamentos, isso é problema do governo. Queremos receber o salário do recurso que vai entrar do FPE e do ICMS”, informou o presidente.
Nesta quarta-feira o secretário da Fazenda chegou a afirmar ao Conexão Tocantins que já estava negociando com os bancos a possibilidade de adiantar repasses para quitar a folha.
Entenda o caso
No sábado, 3, o governo estadual informou oficialmente que devido às condições financeiras que recebeu a gestão decidiu pagar o salário de dezembro dos servidores em quatro parcelas no dia 20 de cada mês começando por janeiro. A decisão foi tomada sem ouvir as entidades sindicais que em seguida se manifestaram através de nota contra o parcelamento. Em meio á polêmica o governo mostrou o extrato da conta do Estado comprovando que recebeu com saldo negativo.
Insatisfeitos com a medida do governo, servidores desabafaram nas redes sociais culpando o governo anterior por não ter pago o salário até dia 31 de dezembro. Nesta terça-feira 25 entidades representativas fizeram um documento em conjunto.
Nesta quarta-feira, 7, a Defensoria Pública encaminhou ao Governo a recomendação para que pague os servidores até o dia 8, quinto dia últil do mês, e considerou o parcelamento ilegal.