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Educação

 José Roque, presidente do Sintet-TO

José Roque, presidente do Sintet-TO Foto: Divulgação

Foto: Divulgação  José Roque, presidente do Sintet-TO José Roque, presidente do Sintet-TO

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET) repudiou através de nota nesta terça-feira, 3, intervenção promovida por chefes políticos na diretoria da rede estadual de ensino, removendo professores, coordenadores e diretores que foram aliados da gestão passada, segundo se posicionou o sindicato.

"A intervenção está ocorrendo principalmente agora, que é época de escolha dos diretores das escolas. E os diretores que se aliaram, nas eleições passadas, à atual oposição foram ou estão sendo expurgados", segundo o Sintet.

O Sintet informou que entre os chefes políticos estão representantes do atual governo e manifestou reprovar a conduta exigindo que o governo estadual cumpra a Lei nº 2.859/2014, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação da Rede Estadual e determina eleição direta para diretor de escola (Art. 37, III).

Confira a nota na íntegra

SINTET REPUDIA INTERVENÇÃO POLÍTICAS NAS ESCOLAS ESTADUAIS

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins – SINTET repudia veementemente a atual situação por qual passam as escolas da rede estadual de ensino, com a aberrante e acintosa intervenção antidemocrática promovida pelos chefes políticos locais - uns se intitulam representantes do atual governo no município, outros são os prefeitos que querem garantir seu poderio e mostrar sua força política. Ambos os casos são emblemáticos saudosismos do método coronelista e do que de mais mesquinho advém dele.

A intervenção está ocorrendo principalmente agora, que é época de escolha dos diretores das escolas. E os diretores que se aliaram, nas eleições passadas, à atual oposição foram ou estão sendo expurgados. O mesmo método está sendo aplicado a outros profissionais. Há municípios onde o cacique político local já tem até lista para indicar a diretoria, remover professores, trocar coordenadores pedagógicos, a secretaria geral e outros cargos.

Isto é um acinte! Nós já sabemos os danos nocivos da ingerência política nas escolas: desorganização pedagógica, descontinuidade de ações e projetos, distanciamento da comunidade escolar, politicagem desenfreada, perseguições, falta de estímulos no quadro de pessoal e desarticulação do projeto político-pedagógico; tudo isso refletindo e interferindo diretamente no processo ensino-aprendizagem.

O Sintet reprova essas condutas e exige que o governo estadual cumpra a Lei nº 2.859/2014, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Educação da Rede Estadual e determina eleição direta para diretor de escola (Art. 37, III).

O Sintet luta por uma escola laica, de qualidade, com profissionais comprometidos e valorizados, com diretores escolhidos por um processo misto que leve em conta o mesmo ser efetivo da rede, com capacidade profissional e técnica comprovada, que apresente um projeto político-pedagógico construído em cima dos anseios da comunidade escolar e, principalmente, que seja eleito por esta mesma comunidade, por voto secreto e direto. Para os maus entendedores, chamamos isso de “democracia”.

Então, é por isso que o Sintet lançou a campanha Eleição Direta Já Para Diretor de Escola, com o mote: “Diretor de Escola é um cargo de confiança. De confiança da comunidade escolar”.

Que o atual governo não se mostre velho o suficiente para ser enquadrado pelos profissionais da educação como arcaico, de um passado sombrio e que teima em se manter latente.

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