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Estado

Foto: Divulgação

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A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) possui dívida de mais R$ 3 milhões, incluindo sete meses de aluguéis atrasados de imóveis e direitos trabalhistas dos servidores. A frota de veículos está sucateada, comprometendo o trabalho de fiscalização do órgão. A Adapec é responsável por manter a produção agropecuária do Estado livre de pragas e doenças.

O médico veterinário, Humberto Viana Camelo, que está à frente da presidência da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), onde já comandou entre os anos de 2006 e 2009, em entrevista fala das dificuldades encontradas na pasta e anuncia suas expectativas para os próximos anos. O presidente admite que as dívidas financeiras herdadas possam dificultar o andamento das atividades, mas reconhece na sua equipe um grande potencial para contornar os gargalos e continuar assegurando um atendimento de qualidade ao produtor rural e a manutenção sanitária animal e vegetal.

Questionado sobre qual o cenário encontrado na Adapec e como recebeu o convite do governador Marcelo Miranda, Humberto disse que se sentiu honrado. "Me senti honrado pela confiança depositada e acredito que seja um reconhecimento do trabalho que desenvolvemos quando estive à frente da pasta. Temos consciência do grande desafio que iremos enfrentar, que é o de colocar a Agência no mesmo patamar que havíamos deixado em 2009, mas estamos preparados. Ao assumir a pasta, após um levantamento, detectamos graves problemas e uma dívida financeira herdada de mais R$ 3 milhões, incluindo sete meses de aluguéis atrasados dos imóveis, a frota de veículos sucateada e dívidas com fornecedores. Além disso, atraso no pagamento de combustíveis, do auxílio-maternidade e do Ressarcimento de Despesas de Atividades de Defesa Agropecuária (Redad), entre outros. Todos esses problemas causam um descontentamento nos servidores, por isso, pretendemos buscar a motivação da equipe e retomar a autoestima de nossos profissionais, para prestarmos um serviço de qualidade à população", afirmou. 

Sobre o maior desafio a ser superado em primeiro momento, o presidente disse que a prioridade é quitar as dívidas mais urgentes dentro do possível para a máquina continuar funcionando. 

Quando lembrado que a Adapec é responsável por executar a Polícia Estadual de Defesa Agropecuária e ter um papel fundamental na economia do Estado, Humberto Camelo falou quais serão os objetivos para melhorar as ações nas áreas animal e vegetal. "Seguindo as determinações do governador Marcelo Miranda, sem dúvida, será prestarmos um serviço de qualidade aos produtores rurais, conquistarmos novos mercados internacionais, intensificarmos a vigilância sanitária para prevenção, controle e erradicação de doenças nos animais, além do monitoramento e combate a doenças e pragas dos vegetais. Temos um Estado com a vocação para o agronegócio e nosso carro chefe da economia é a produção de soja e carnes. Portanto, num futuro próximo pretendemos colaborar com o crescimento das condições sanitárias da produção de soja e buscarmos a conquista do status sanitário livre de febre aftosa sem vacinação", frisou. 

Sobre os principais planos para o futuro, o presidente da Adapec salientou: "Realizarmos boas ações que visem a melhoria das condições de trabalhos dos servidores, eliminarmos gastos desnecessários, otimizarmos os recursos financeiros e adequarmos a situação em que vive o Estado. Para isso, buscaremos convênios com o Ministério da Agricultura, que sempre foi um grande parceiro, e contaremos com a participação de toda a cadeia produtiva. Queremos fazer a diferença na gestão e retomarmos o antigo posto da Adapec, como referência nacional em Defesa Agropecuária. Nesse momento, é necessário unirmos forças, temos uma equipe treinada e formada por excelentes profissionais, temos um potencial agropecuário e produtores rurais conscientes do seu papel, por isso, acreditamos que com um trabalho bem feito e o comprometimento de todos os envolvidos conseguiremos os resultados almejados", disse. (Com informações Ascom Adapec)