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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O senador Donizeti Nogueira fez um pronunciamento no plenário do Senado Federal na tarde desta quinta, 26, em defesa da Petrobrás. Apresentando um panorama do setor petroleiro no mundo, o senador negou que exista crise na Petrobrás e sim um desequilíbrio no mercado com o excesso de oferta e a queda no preço dos barris de petróleo, que chegou a ser negociado a US$ 50, o preço mais baixo em seis anos. “A enxurrada de notícias, muitas sem comprovação, que fustigam e tentam minar a credibilidade da Petrobrás, nem chega a ser uma crise, há uma crise de petróleo no mundo e o mundo experimenta nos últimos meses, a queda no preço do petróleo”, disse o senador.

O senador iniciou seu discurso questionando a quem interessa a desvalorização da Petrobrás, seu rebaixamento para a condição de empresa especulativa, com o ditado bastante popular, “quem desdenha quer comprar” e reforçou a ideia que a empresa, que desde sua criação foi motivo de orgulho, pertence a todos os brasileiros. “Defender a Petrobrás e, sobretudo seu papel estatal, é defender o Brasil e o povo brasileiro”, discursou o senador.

Donizeti Nogueira explicou que o desequilíbrio no mercado petroleiro se deu porque os Estados Unidos descobriram uma nova forma de extrair petróleo e gás de xisto, se tornando quase autossuficientes, o que diminuiu a procura no mercado internacional e que, apesar disto, a OPEP – Organização dos Países Produtores de Petróleo – decidiu elevar seus níveis de produção, com preços mais baixos que da nova tecnologia utilizada pelos EUA e Canadá. A medida é bem vista para os países importadores de petróleo, porque tende a diminuir a inflação e acelera as economias, porém, para os países exportadores tem um efeito devastador, muitas vezes, inviabilizando a produção.

O senador Donizeti Nogueira apresentou o quadro de sete grandes empresas exportadoras de petróleo no mundo que tem experimentado redução nos investimentos devido à crise do mercado, como a empresa estatal de petróleo da Colômbia, a Ecopetrol, que teve queda nas ações de 43% ao longo de 2014, com cortes de 25% nos investimentos e a estatal mexicana de produção de petróleo, Pemex, também anunciou cortes de investimentos da ordem de US$ 4,2 bilhões. Mesmo diante deste cenário, a Petrobrás apresentou lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre do ano passado e voltou a produzir dois milhões de barris por dia, um terço dos quais já estão sendo retirados do Pré-Sal.

Donizeti terminou seu discurso dizendo que o momento atual da Petrobrás é grave, não pelas ameaças internas, mas sobretudo, à uma grave crise mundial no mercado de petróleo que tem derrubados empresas semelhantes mundo a fora e convocando todos os brasileiros a proteger a empresa. “A Petrobrás é uma empresa forte. Em seus alicerces há o espírito batalhador de duzentos milhões de brasileiros e brasileiras. Por trás da Petrobrás há e sempre haverá o Brasil. Cabe a nós, Senhor Presidente, proteger a Petrobrás e o Brasil”, finalizou  o senador.