O serviço de Inteligência do Ministério Público Estadual reforça os trabalhos de investigação da Polícia Militar, Polícia Civil dentre outros órgãos com relação ao crime organizado no Tocantins. “O Ministério Público trabalha em conjunto com as polícias e temos um trabalho grande nesse combate”, disse ao Conexão Tocantins o procurador Geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira.
As investigações estão em curso por isso o procurador foi cauteloso ao comentar o assunto. Questionado sobre a atuação da organização criminosa, Comando Vermelho, nas unidades prisionais de Palmas e de Araguaína ele garantiu que todas as averiguações estão sendo feitas .
Promotores que atuam na cidade de Araguaína já confirmaram a existência de adeptos de algumas organizações no presídio do município. A cidade, assim como a capital Palmas, foi alvo de atentados com incêndios em ônibus doa quais a autoria seria de uma organização criminosa em reivindicação pelo retorno das visitas de familiares que estão suspensas. A facção teria pago R$ 2 mil para queima de cada ônibus.
A Polícia Militar prendeu José L. dos S., 21, Isais B. L. de M., 19, Bruno B. da S. S., 22 e Jonathan K., 22, todos suspeitos de colocar fogo em ônibus da capital . Um dos presos confessou e disse estar a serviço de uma organização criminosa que age em presídios. A inteligência do MPE apura se há mesmo ligação entre os presos e o crime organizado. “Vamos receber as informações”, disse.
Para o procurador o crime organizado transita em todo o País e vem se integrando no Estado porém o Estado tem conseguido combater à altura. “Prova disso é o arrombamento de caixas eletrônicos, temos conseguido prender esses criminosos”, exemplificou. Uma carta, supostamente do Comando Vermelho, chegou a ser divulgada e fazia ameaças de mais atentados.
Atentados
A greve da polícia civil e conseqüente redução do efetivo e ainda suspensão de alguns serviços nos presídios seria o ponto de partida para uma onda de violência que resultou em ataques a cinco ônibus em Palmas e Araguaína. Os incêndios nos veículos foram criminosos. A Polícia Militar reforçou o efetivo nas ruas e fez escolta aos ônibus.
Mesmo com liminar do Tribunal de Justiça a greve da Polícia civil continua. O presidente do Sinpol, Moisemar Marinho disse ao Conexão Tocantins que a entidade vai tentar provar que os 30% dos serviços essenciais está mantido.