Na manhã desta segunda, 16, por volta das 09h00min, a Polícia Militar iniciou o procedimento de revista na Casa de Prisão Provisória de Palmas – CPPP. Toda a atuação até o momento está ocorrendo em condições de normalidade, segundo a Polícia Militar. “ Não houve qualquer conflito com a Polícia Civil e o tratamento tem sido de respeito mútuo entre todos os servidores envolvidos. Em relação ao comportamento dos reeducandos, também não houve, até o momento, registro de resistência à ação da Polícia Militar”, informou o Comando Geral.
A ação prevê a realização de revista no interior dos pavilhões com o intuito de assegurar a integridade física dos profissionais e reeducandos, e não tem horário previsto para o término. A situação interna no presídio seria de sinais de devastação. Vários buracos foram encontrados na parede e que poderiam favorecer a chegada dos detentos até o teto para empreenderem uma possível fuga.
Entrega de armas
Balanço parcial na manhã de hoje mostra que aproximadamente 300 policias civis em greve entregaram armas, munições e demais equipamentos à Secretaria da Segurança Pública (SSP) em Palmas. A entrega ocorre durante todo o dia. Policiais civis do interior se deslocam para Palmas, com objetivo de atender a uma determinação do governo do Estado, através de portaria assinada pelos titulares da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
"Apesar de considerarmos um equívoco a medida, um risco à sociedade, estamos acatando a determinação do governador de entregar as armas. A portaria é bem clara: se não entregar as armas nossos companheiros vão responder criminalmente por peculato e formação de quadrilha. Sob risco da nossa própria segurança, estamos entregando as armas", disse o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho.
Antes de realizar a entrega das armas, uma comissão foi até o gabinete do secretário de Segurança Pública, Cesar Simoni, para protocolar um ofício que comprovaria a entrega dos objetos. No local, os membros do comando de greve foram recebidos pelo delegado geral da Polícia Civil, Roger Knewitz. "Estamos novamente abrindo mão, fazendo nossa parte e aguardamos que o governo sente para negociar, ainda mais agora que a Polícia Civil, sem armas, praticamente, parou", disse Marinho.