Nos auge dos 25 anos a moradora de Brejinho de Nazaré, Poliana Ferreira ainda convive com a dor da injustiça como ela mesmo denominou em entrevista ao Conexão Tocantins. Nesta segunda-feira, 30, completa um ano do acidente que a deixou meses na Unidade de Internação Intensiva – UTI do Hospital Geral de Palmas - HGP e queimou 35% de seu corpo.
“Estou superando devagar mas não teve justiça até hoje nada aconteceu o responsável está vivendo normalmente, nada aconteceu”,lamentou. Após a saída do hospital Poliana ainda faz fisioterapia e convive com as marcas do acidente no corpo inclusive no rosto. “Tenho que ir semanalmente a Palmas fazer fisioterapia, por um lado se sinto feliz por estar retomando minha vida normalmente porém ainda convivo com a dor da injustiça”, disse.
O caso ganhou repercussão na pequena cidade de Brejinho de Nazaré e inclusive na mídia. Poliana voltava para casa de moto junto com o marido, Gilberto Gomes quando o veículo se chocou com um carro e ela foi arrastada por cerca de 200 metros. O marido junto com moradores da cidade a procuraram nas imediações do acidente porém minutos depois foi constatado que ela tinha sido arrastada. Poliana foi arrastada até perto da casa do motorista do carro que fugiu sem prestar socorro á vítima. Poliana sofreu traumatismo craniano e ficou entre a vida e a morte.
O sentimento de injustiça também permanece entre os familiares da jovem que muitas vezes andando pela cidade se deparam com o envolvido no acidente. O pai de Poliana, Albino Ferreira também se mostrou descontente com a falta de apuração do caso.
No dia 4 de abril do ano passado, o motorista que arrastou Poliana se apresentou na delegacia de Porto Nacional, na presença de um advogado. Um inquérito foi aberto para investigar o caso e se o motorista estaria embriagado, o que poderia ocasionar na tentativa de homicídio, porém até hoje ainda não houve nenhuma resposta.