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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de fraude no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ouviu nessa quinta-feira (09), Robert Rittscher, representante da Mistsubishi Motors, convocado após os relatórios da Polícia Federal apontarem, segundo informações da imprensa, a empresa estaria envolvida no esquema de corrupção investigado na Operação Zelotes.

A empresa Marcondes & Mautoni, que aparece na Operação como uma das intermediárias no esquema de propinas envolvendo empresas e funcionários do órgão, foi contratada pela Mitsubishi como consultora. No total, a Mitsubishi pagou à Marcondes & Mautoni valores superiores a R$ 40 milhões.

As outras empresas citadas na investigação serão convocadas para dar esclarecimentos em outra oportunidade.

A investigação já comprovou prejuízos de quase R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas auditores envolvidos na operação avaliam que a fraude pode ultrapassar R$ 19 bilhões. Para Ataídes, o Carf virou um antro de corrupção.

— Não mediremos esforços buscando o ressarcimento dos cofres públicos.

Requerimentos

Na oitava reunião da CPI, foram aprovados dez requerimentos. Dois deles, de autoria do senador José Pimentel, pedem a convocação Alexandre Paes dos Santos, sócio da empresa Davos Energia e Antônio Maciel Neto, Presidente da Empresa CAOA Motor do Brasil. Outros três requerimentos, de autoria do presidente Ataídes Oliveira, pedem a convocação de Cristiano Kok, presidente do Conselho de Administração da Engevix Engenharia, Jason Zhao, CEO da Huawei do Brasil e José Ricardo da Silva, ex-conselheiro do Carf.

A CPI aprovou ainda pedido do presidente para que sejam feitas transferências de sigilo fiscal e bancário do advogado Leonardo Siade Manzan, do conselheiro Paulo Roberto Cortez e dos ex-conselheiros Jorge Victor Rodrigues, Adriana Oliveira e Ribeiro e Gegliane Maria.