Após o Ministério Público Federal no Tocantins ingressar com ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal e a prefeitura de Palmas, por supostos vícios nos atos administrativos referente a implantação do BRT - Bus Rapid Transport o assunto gera polêmica nas redes sociais e entre a oposição.
Um dos críticos é o vereador Lúcio Campelo (PR) que chegou a afirmar que para a instalação do BRT em alguma cidade é necessário que tenha entre 15 mil e 45 mil usuários/hora. “O prefeito Amastha, com conivência da Caixa Econômica Federal, mentiu ao dizer que Palmas estava dentro dos padrões. Mas o MPF/TO concluiu que a cidade teria hoje uma demanda de no máximo 3.700 passageiros por hora”, frisou.
Campelo também destacou em seu discurso que Luiz Masaru Hayakawa, presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas, em entrevista ao Jornal Opção, de Goiânia questionou a viabilidade econômica do BRT. Mesmo assim o prefeito de Palmas insistiu, segundo o vereador: "O prefeito Carlos Amastha insistiu na implantação de olho na comissão dos milhões de reais ( R$ 476 milhões) que seriam destinados para essa obra em Palmas", acusou.
Campelo cobrou ainda responsabilidade por parte da Caixa Econômica Federal. " A Caixa Econômica foi conivente nesse processo de mentira, de engodo. Cadê o compromisso desse órgão federal com essa cidade?". Lúcio ainda questionou a questão de recursos gastos com os impactados: "Como é que ele explica agora os gastos com recursos que já foram destinados aos impactados no BRT?. Esse prefeito Carlos Amastha é o maior enganador. É o maior estelionatário político. Não honrou um voto que recebeu nesta cidade", finalizou o vereador.
Amastha polemiza
O prefeito Carlos Amastha também não tem ficado calado sobre o assunto e se manifestou nas redes sociais. “Lendo o post de um pré-candidato criticando o processo do BRT. Incrível, não participou dos debates, das audiências e concorda com os argumentos. Será que essa criatura tem projeto melhor, ou conseguiria reunir gente mais competente em torno de um projeto de mobilidade? Palmas não merece”, afirmou.
O gestor voltou a fazer uma fala direcionada aos adversários. “ Alguém duvida do motivo das criticas?Todos juntos para nos derrubar.Acabamos com eles,com o jeito de fazer política roubando os cofres. Eles juntos contra Palmas.Nenhum deles teria capacidade para reunir a equipe de excelência que temos e ainda adicionar os melhores do mundo”, chegou a dizer.
Em outro debate na rede social, provocado pelo ex-prefeito Odir Rocha, o prefeito também foi incisivo na defesa do BRT e até alfinetou o MPF. De repente,uma ONG,sem nenhum preparo para isso,embasa um pedido para o MPF pedir a suspensão da licitação,por achar que Palmas não precisa disso e que o dinheiro deve voltar aos cofres federais. Será que alguma dessas pessoas algum dia precisou vir do Taquaralto ou dos Aurenys com destino ao centro da cidade? Será tão difícil entender a importância de um sistema, que alem de trazer qualidade de vida para os palmenses, Seja o indutor do nosso crescimento? Ainda pior,acusam a prefeitura de super dimensionar os números? A grande vantagem do BRT e a capacidade de ir aumentando o numero de passageiros transportados, sem aumento de custos. Apenas colocando mais veículos”, disse num debate que contou com opinião de vários moradores da capital, muitos contra e outros a favor.
As críticas do gestor não pararam por aí. “Tenho certeza que com o trabalho que foi feito e a necessidade da implantação, seremos vencedores na justiça. Porém pergunto, precisava colocar um projeto de tamanha importância para cidade e que foi desenvolvido com tanto cuidado, em duvida? Que viva a independência dos poderes. Pena que tenha gente sem votos e sem conhecimento, quer governar e substituir os legitimamente eleitos para cumprir as suas obrigações com o povo. Vamos que vamos”, disse o gestor.
Alguns auxiliares da gestão como os secretários Cristian Zini e Cleiton Alen também criticaram a ação do MPF. “A semana toda ouvindo especialistas em BRT que nunca estudaram o tema e nunca pegaram um ônibus de Taquaralto a Palmas. Morte horrível”, afirmou Alen. Por sua vez, Zini disparou: “Quem questiona o BRT, está contra Palmas”, frisou.
