O vereador professor Júnior Geo (Pros) afirmou em sessão na Câmara de Palmas nesta terça-feira, 20, que "o mérito das conquistas é dos professores que lutaram e foram até coagidos, enquanto reivindicavam seus direitos e melhorias”, disse relacionando a greve na educação municipal que foi encerrada. Na ocasião, o parlamentar lembrou que a paralisação dos educadores de Palmas só aconteceu devido à intransigência do Executivo.
Ainda na oportunidade, Geo reafirmou seu compromisso com os professores e disse que os docentes são vitoriosos pelos resultados obtidos. “Considerem-se vencedores, mesmo que um dos principais objetivos, que é a revogação do Salas Integradas, ainda não tenha sido alcançado”, destacou.
De acordo com o parlamentar, o acordo fechado ontem entre prefeitura e educadores foi fruto da persistência e união demonstrada durante o movimento. “Vimos até um professor quase ser preso por lutar por seus direitos. As posturas da gestão foram contrárias à democracia, mas mesmo assim os grevistas não desistiram”, afirmou.
Entenda
A Prefeitura de Palmas pediu a prisão de um representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) no último dia 14. A solicitação justificava que 36.542 alunos estariam sem as instruções formais das aulas e sem as alimentações diárias (matutinas e vespertinas) fornecidas no ambiente escolar. Ainda no mesmo dia, a gestão voltou atrás e retificou o pedido.
Histórico da greve
O movimento dos professores do Município de Palmas começou no último dia 07. A categoria fez panfletaço e carreata nas ruas da Capital, além de uma ocupação na Câmara dos vereadores. Na última sexta, 16, representantes do Sintet e da gestão reuniram-se para discutir as reivindicações e apresentar propostas. Já no sábado, 17 em assembleia geral, os docentes decidiram prosseguir com a greve até segunda, 19, e apresentar contrapropostas ao Executivo. Reunidos em assembleia novamente, ontem, a categoria negociou com a gestão e decidiu pelo fim da greve, retornando às salas de aula nesta terça, 20. Dentre os pontos de pauta, estava a revogação do projeto Salas Integradas, revisão da modulação e pagamento de 1/3 de férias.