Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Saúde

Bonilha destaca a necessidade de intensificar cuidados preventivos

Bonilha destaca a necessidade de intensificar cuidados preventivos Foto: Heitor Iglesias

Foto: Heitor Iglesias Bonilha destaca a necessidade de intensificar cuidados preventivos Bonilha destaca a necessidade de intensificar cuidados preventivos

A equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está trabalhando na avaliação dos 12 casos de microcefalia registrados no Tocantins. Todos os registros estão sob monitoramento e avaliação para confirmação da possível relação entre os casos e o vírus zika, cuja circulação está confirmada no Tocantins.

Para acompanhamento desses bebês e para garantir que novos casos recebam a devida atenção necessária, a Sesau está reforçando as orientações aos municípios para que realizem as notificações de casos e reforcem as atividades de campo para prevenção e controle da população do mosquito Aedes Aegypti, vetor transmissor da dengue, da zika e da febre de chikungunya.

“Com relação ao cuidado, não mudou nada. Estão valendo as mesmas recomendações para o combate à dengue, não se pode ter água acumulada. Todos os municípios têm seus agentes de endemia, então, devemos intensificar os cuidados preventivos e sensibilizar a população para que o morador evite a água parada”, ressalta o secretário de Estado da Saúde, Samuel Bonilha.

Com relação aos atendimentos de bebês com quadro de microcefalia, o secretário esclarece que a assistência está garantida. “A assistência a esses bebês não só em Palmas será reforçada, como em todos os nossos maiores hospitais, onde as mães e as crianças terão todo o amparo necessário”, garantiu o secretário Samuel Bonilha.

Zika

No Tocantins, seis casos de zika foram confirmados, sendo os pacientes residentes em Palmas (4), Araguaína (1) e Colinas do Tocantins (1). Conforme investigação epidemiológica dos casos, os seis pacientes contraíram a infecção no Estado e não apresentaram quadro que necessitasse de internação.

O médico infectologista Flávio Milagres destaca que a maioria dos casos de zika não apresenta sintomas. “Zika é uma doença mais benigna do ponto de vista da população, só 20% têm sintomas. Nesses casos, na fase inicial os sintomas da Zika e da dengue são similares. Todos começam, na maioria das vezes, com estado febril. Em seguida, observamos com muita frequência náuseas, enjôo, mal estar e dores no corpo”, explica Flávio Milagres.

Ainda de acordo com o médico, além do diagnóstico laboratorial, o que diferencia o quadro de zika é a presença de coceira. “Há um quadro de coceira bem mais significante bem no início e em todo o corpo e pode ter um pouco de dor articular”, completa o médico.

Microcefalia

Com relação aos casos de microcefalia, estão sob acompanhamento, até o momento, crianças com o quadro cujas mães são oriundas de Araguaína (05), Palmas (01), Wanderlândia (01), Goiatins (01), Darcinópolis (01), Angico (01), Piraquê (01) e Aragominas (01). Até o momento, não há qualquer confirmação de que estes casos estejam relacionados com o zika vírus.

No entanto, os bebês estão sob acompanhamento médico em razão da necessidade de confirmação da possível causa do quadro de microcefalia, cuja principal característica é o tamanho do crânio inferior ao tamanho considerado normal, que habitualmente é superior a  33 cm.

Segundo o médico infectologista Flávio Milagres, há diversos fatores que podem desencadear a microcefalia e que interferem, inclusive, no nível das alterações a que os bebês com este quadro estão sujeitos.  “Algumas dessas alterações podem prejudicar a qualidade de vida e de desenvolvimento das crianças, mas até o momento a maioria das crianças não apresenta tantas alterações felizmente, além é lógico do tamanho do crânio”, pontua.

Aedes Aegypti

Por se tratar de um mosquito cuja população é endêmica no Tocantins, a Sesau orienta a todos os municípios que intensifiquem as ações de prevenção e controle da população do Aedes aegypti, conforme os planos de contingência e planos de ação elaborados e que definem as estratégias de assistência, de vigilância, de controle vetorial, de comunicação e mobilização social e gestão para redução de casos de dengue, febre de  chikungunya e, consequentemente, de zika, agravos transmitidos pelo menos mosquito.