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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado estadual Paulo Mourão (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa do Tocantins apresentou um requerimento na Casa, que já foi aprovado em plenário, em que solicita à Secretaria da Agricultura, Secretaria da Infraestrutura e Ibama a realização de um estudo acerca das condições físicas e estruturais das barragens que compõem o complexo do projeto de irrigação do Formoso do Araguaia.

Na sessão desta quinta-feira, dia 10, Mourão usou a tribuna para lembrar que o complexo de represas Taboca 0, Taboca 1, Taboca 2, Taboca 3, Taboca 4, Calumbi 1 e Calumbi 2 foi implantado há 35 anos, ainda no governo Ary Valadão, sendo que desde então nunca foi realizado nenhum estudo que possa dar informações seguras sobre as condições dessas barragens. “É até hoje o maior projeto do mundo de área contínua irrigada por inundação”, destacou. “Projeto este que de certa forma foi esquecido pelas políticas públicas”, lamentou.

Paulo Mourão destacou a dimensão do projeto Rio Formoso. “A barragem que rompeu em Mariana tinha 68 milhões de metros cúbicos, o complexo de represas do Rio Formoso tem 268 milhões de metros cúbicos. Estas represas precisam ser revistas para ver se há risco de rompimento, isso só se faz com estudos profundos geológicos e estruturantes físicos destas represas”, destacou.

A preocupação do deputado se justifica depois da tragédia ocorrida em Mariana/MG, quando houve o rompimento da barragem de rejeitos da Vale/Samarco, considerado um dos maiores desastres ambientais do País. “Não podemos colocar em risco os moradores daquela região e a continuidade do processo produtivo do complexo de Formoso do Araguaia”, afirmou.

Paulo Mourão também chamou a atenção para as mudanças climáticas no mundo e o aquecimento global, destacando a 21ª Conferência das Partes do Clima (COP 21), da qual participam o governador do Tocantins, Marcelo Miranda, a vice-governadora, Cláudia Lélis e a Secretária do Meio Ambiente, Luzimeire Carreira, em Paris.

O deputado defendeu políticas de Ciência e Tecnologia para promover avanços significativos e qualificados ao desenvolvimento do Brasil. “Há algum tempo quando participamos de um evento em Belém para discutir potencialidades agronômicas fizemos uma sugestão de que cada estado que compõe a Amazônia Legal deveria ter o seu centro de estudo de ciência, pesquisa e inovação e que cada centro desse fosse mantido por verbas federais”, discursou. De acordo com Mourão, o Brasil desconhece a riqueza da Amazônia. “Não conhecemos 20%”, afirmou. “Essa riqueza precisa ter mais estudos e mais investimentos e o Tocantins faz parte deste processo”, salientou.

O líder governista que sugeriu aos demais parlamentares que após o retorno do governador lhe fizessem uma visita para conhecer o relatório da sua viagem, bem como as informações que possam ser trazidas. “Nós podemos ampliar este debate e contribuir com o governo em informações e em sugestões”, concluiu.