Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Economia

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

O mercado habitacional já não é mais como era antes. Pelo menos não para quem quer investir em imóveis. Após a queda de 8,48% em 2015, frente à inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), espera-se que este ano o preço de vendas de imóveis continue avançando em ritmo mais lento do que a inflação.

A Associação Brasileira de Mutuários da Habitação (ABMH) acredita que 2016 siga a mesma tendência do ano passado no cenário imobiliário, conforme o vice-presidente da entidade, Wilson Rascovit. “Ou seja: embora o preço do metro quadrado se mantenha estático ou sofra uma pequena alta, o valor real deverá continuar em queda, especialmente pela tendência de aumento da inflação”, informa.

De acordo com Rascovit, esta variação da inflação representa uma diminuição do poder de compra da moeda. “Sendo assim, se o preço de um bem não é reajustado dentro de um determinado período de tempo, pode-se dizer que o seu valor real diminuiu, haja vista que o dinheiro não tem o mesmo valor que antes”, explica o diretor da ABMH.

A fim de exemplificar esta situação, Rascovit conta que quem deixou de comprar um imóvel em janeiro de 2015, por R$ 700 mil, e agora vai adquirir a unidade pelo mesmo valor, teve um desconto real de 10,67%. “Considerando a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, isso representa uma economia de R$ 74.690,00.”

Para o consumidor que está pensando em adquirir um imóvel novo, este cenário tem seu lado positivo, conforme observa o vice-presidente da ABMH. “Como existe uma maior oferta de unidades, o mercado deve continuar a apresentar ofertas interessantes, com descontos que ficam além da queda no preço real”, explica.

Se o imóvel buscado em 2016 é usado, além da queda real de preços (considerando a inflação), a restrição e o encarecimento do crédito imobiliário têm influenciado muito a sua liquidez e, consequentemente, facilitado a vida de quem vai comprar. “O mesmo raciocínio se aplica às locações. Com o mercado desaquecido e grande oferta, o preço tende a continuar em queda, cabendo ao interessado negociar o preço”, orienta Wilson Rascovit.