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Polí­cia

Foto: Divulgação

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No último domingo, 29, equipes do Corpo de Bombeiros e da Marinha perderam mais de cinco horas em uma busca a uma suposta mulher que teria se afogado no lago de Palmas. Após buscas incessantes e sem nenhum sinal nem da embarcação e nem de vítimas os militares entenderam que a situação era um trote.

O Sistema Integrado de Operações (SIOP) recebeu uma ligação por volta das 19 horas. Um homem que usou o nome de Tiago informou que ele e outras quatro pessoas estavam em uma embarcação que teria colidido com uma pedra e uma mulher estaria desaparecida. Imediatamente os bombeiros acompanhados de uma equipe da marinha se dirigiram para o local informado, que seria nas imediações de um condomínio fechado localizado às margens do lago na região Norte de Palmas.

Os militares sondaram o local e percorreram toda a imediação até as 24 horas e nada foi localizado. O homem que ligou informou números de telefones de contato que não existiam e ainda que havia deixado o carro em um guarda barcos, o que foi confirmado como informação falsa.

Segundo os atendentes do 193, a cada 10 chamadas de emergência 2 a 3 são trotes. A maioria é filtrada, mas em alguns casos equipes acabam sendo deslocadas para o atendimento. Em 2015, foram 49 trotes em que bombeiros perderam tempo e recursos indo socorrer falsas vítimas. “É dinheiro da própria população jogado fora, tempo e vítimas reais que deixam de ser atendidas. Quando saímos para atender uma situação de trote quem perde é a própria sociedade”, explicou o coordenador do SIOP major Alex Matos.

Trote é crime

De acordo com o art. 266 do Código Penal Brasileiro o trote é crime e pode levar ao criminoso uma pena de detenção de um a três anos e multa. A lei é clara ao considerar como crime à interrupção ou perturbação do serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico.