Dos 4.293 casos investigados que são suspeitos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivas de infecção congênita, já são 907 os casos confirmados e 1.471 descartados, no Brasil.
Desde o início da investigação, foram notificados 6.671 casos suspeitos de microcefalia, segundo o Ministério da Saúde. Os dados do informe epidemiológico do Ministério são enviados semanalmente pelas secretarias estaduais de Saúde e foram fechados no último sábado, 19 de março.
Os 907 casos confirmados ocorreram em 348 municípios, localizados em 19 unidades da federação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Os 1.471 casos descartados foram classificados por apresentarem exames normais, ou apresentarem microcefalias e/ou alterações no sistema nervoso central por causas não infeciosas.
Casos investigados
O Ministério da Saúde destaca que está investigando todos os casos de microcefalia e de outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos Estados e a possível relação com o zika vírus e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Até o dia 19 de março, foram registrados 198 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação - abortamento ou natimorto. Destes, 46 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 130 continuam em investigação e 22 foram descartados.
Testes
Do total de casos de microcefalia confirmados, 122 tiveram resultado positivo para o zika. Nestes casos, foi utilizado critério laboratorial específico para o zika vírus. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. Ou seja, a pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Até o momento, sinalizaram ao Ministério da Saúde a circulação autóctone do zika vírus 23 unidades da federação: Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. (CNM)