Depois da saída de oito secretários municipais na última semana, o prefeito Carlos Amastha (PSB) vai fazer a reforma administrativa da Prefeitura de Palmas unificando pastas, ou mesmo definindo alguns secretários para responder por mais de uma secretaria, foi o que informou o vereador da base governista, José do Lago Folha Filho (PSD) em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta segunda-feira, 4. De acordo com o vereador, a gestão também poderá tornar algumas secretarias, superintendências.
Na última sexta-feira, 1º de abril, deixaram seus postos, o secretário municipal da Saúde, Whisllay Maciel Bastos e o secretário executivo de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Humano, Carlos Aberto da Costa, além da presidente da Fundação Municipal de Meio Ambiente, Germana Pires Coriolano. Já na quinta-feira, 31 de março, 6 secretários deixaram suas pastas. Saíram o secretário de Integração Social e Defesa do Consumidor, Tiago de Paula Andrino; secretário municipal Extraordinário de Energias Sustentáveis, Rafael Duarte Boff; secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Emprego, Cleide Brandão Alvarenga; secretário municipal da Habitação, Diogo Fernandes Costa Valdevino; secretário executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Paulo Cesar Lustosa Limeira e secretário Executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Warner Macedo Camargo Pires.
Folha Filho disse que a acumulação de pastas por alguns secretários, ou mesmo a unificação das mesmas, é necessária para conter despesas em função da frustração orçamentária do município. "E nós temos um compromisso com o funcionário público, com o Carreira Justa que chega a R$ 84 milhões. Então, no momento que a gente puder conter despesas e até mesmo unificar pastas, para que as despesas diminuam e a gente possa atender com mais eficiência o funcionário público e a população, com certeza vamos fazer isso. Acho que da parte do executivo precisamos mesmo é justamente verificar a frustração orçamentária”, afirmou.
O vereador citou exemplos de secretários de que poderão ter cargos acumulados. “Nesse final de semana estive com o secretário de governo Adir Gentil e há essa possibilidade grande da unificação de pastas. A palavra unificada pode não ser a correta mas, por exemplo, o secretário Cristian Zini hoje está no trânsito. Acho que ele deve acumular o trânsito e a infraestrutura, são duas. Talvez não unifique, mas acumule as duas, por exemplo, o secretário Messias pode acumular tanto a Secretaria de Desenvolvimento Urbano como também a de Habitação. E algumas secretarias talvez viram superintendência, mas isso ainda é uma discussão que será de agora para a frente”, disse.
Questionado sobre a participação do PSD em cargos, Folha disse: "O PSD já participava da gestão. Nós tínhamos aí o secretário Diogo Fernandes, tínhamos o secretário Messias, o secretário executivo PC Lustosa. O secretário Messias continuou e acredito que o secretário Messias ficará na pasta do PSD", disse. O vereador explicou que até o momento não houve maiores discussões.
PreviPalmas
O vereador Folha Filho ainda explicou sobre a Medida Provisória de n°7 que altera a estrutura do PreviPalmas e está para votação na Câmara de Palmas. Segundo o parlamentar, os sindicatos pediram tempo para analisarem. “O que eles estavam cobrando é que colocassem o poder para o Conselho Previdenciário que hoje gerencia tudo e tudo passa por ele, todas as decisões passa pelo Conselho Previdenciário. Fizemos todas as adequações nessa Medida Provisória nova. A outra reivindicação deles é que pudesse criar uma junta pericial no instituto e o prefeito também criou”, informou.
O parlamentar frisou que a gestão não pode fazer nada para prejudicar o Instituto e que o problema é a politização. “O grande problema é que as pessoas politizaram a questão do instituto. O prefeito não pretende alterar nada a não ser que os sindicatos tenham alguma propositura, mas eles ainda estão analisando a Medida Provisória 07 e eles vão tomar um posicionamento. Só vamos alterar se o sindicato observar que precisa fazer as alterações, se não, não vamos fazer alterações nenhuma, porque não podemos fazer com o PreviPalmas o que aconteceu com o Igeprev (Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins), ninguém é a favor de prejudicar o PreviPalmas”, sustentou.
Segundo Folha Filho a votação ainda não deverá acontecer na reunião da Comissão de Constituição e Justiça marcada para amanhã, 5. “Acredito que não sai votação amanhã, primeiro, os sindicatos pediram prazo para fazer análise e temos que dar esse prazo. Nós só vamos votar quando o sindicato entender. Sanar todas as dúvidas. Eles pediram um prazo suficiente para que possam analisar”, frisou. Folha não soube informar o tempo pedido pelos sindicatos.
