O vereador professor Júnior Geo (PROS) fez uso da tribuna na sessão desta quarta-feira, 25, para questionar o comportamento dos colegas quanto aos trabalhos legislativos impedidos na Câmara de Palmas. Há mais de dois meses os vereadores da base aliada do prefeito Carlos Amastha (PSB), insatisfeitos com o novo formato das comissões que não os beneficia, questionam a interpretação do regimento interno e esvaziam as sessões impedindo votações de diversos projetos e requerimentos.
Na reunião para revisar o novo formato, os vereadores da base que atualmente questionam ser minoria nas comissões, assinaram em acordo com a decisão. Após o acontecido, entraram com uma ação judicial e tiveram resposta ontem. A justiça decidiu não intervir nas decisões da Casa de Leis, tendo em vista o amparo dado pelo próprio regimento para que resolvam os impasses.
Geo criticou a ação de não dar andamento aos trabalhos legislativos. “Ou existe um ato de loucura ou uma tentativa de ludibriar a sociedade e a justiça”. O parlamentar ressaltou que 16 vereadores assinaram a lista de presença e a maioria se retirou durante a sessão. Clamou, ainda, por consciência no voto. “Enquanto a sociedade votar em representantes por interesses particulares continuará tendo representantes de interesses particulares e não coletivos. Espero eu que possam rever os votos para que procurem candidatos que representem de fato”, afirmou.
Votações
Devido a existência de quórum, o presidente da Câmara, Rogério Freitas (PMDB), deu início às votações. Folha (PSD), insatisfeito, se retirou deixando ainda 10 vereadores que possibilitavam os trabalhos. Após a votação de duas matérias, Iratã Abreu (PSD) também se retirou impedindo a continuação.
Após o retorno ao trancamento da pauta, por conta de Medidas Provisórias do próprio Executivo que venceram o prazo de tramitação na Casa, o líder governista, Folha, retornou com os ânimos alterados para externar suas indignações. Os vereadores Júnior Geo e Joaquim Maia (PV) se retiraram do plenário em protesto ao comportamento do colega. Alguns dos cidadãos presentes na galeria da Casa para assistir a sessão acompanharam o protesto. No final da fala de Folha, Geo, Maia e os cidadãos voltaram, mas Folha se retirou.
As matérias votadas foram a MP n° 05 que autoriza concessão de auxilio pecuniário para compra de equipamentos aos servidores da saúde, e o Projeto de Lei n° 156/2015 que institui no calendário oficial de eventos no município de Palmas o dia do casamento civil comunitário e dá outras providências, de autoria do Pastor João Campos.