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Polí­tica

Foto: Waldemir Barreto

Foto: Waldemir Barreto

As manifestações oficiais do Itamaraty, do Ministério da Fazenda e do Banco Central a respeito da saída do Reino Unido da União Europeia, conhecida como “Brexit”, demonstram que o governo em exercício reconhece a solidez da economia brasileira. A afirmação foi feita nesta última terça-feira, 28, pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) durante audiência da Comissão de Impeachment do Senado.

A senadora leu durante a sessão trechos de notas oficiais enviadas pela equipe econômica do governo, as quais admitem que a “robustez” da economia brasileira, somada ao “relevante montante de reservas internacionais” protegem o País de exposições internacionais. “Eu só acho que não são fundamentos sólidos de menos de dois meses, não é?”, questionou a senadora em referência ao período de exercício do atual governo.

De acordo com o Banco Central, “a economia brasileira tem fundamentos robustos para enfrentar movimentos decorrentes desse processo, especialmente, relevante montante de reservas internacionais, o regime de câmbio flutuante e um sistema financeiro sólido, com baixa exposição internacional”.

Já o Ministério da Fazenda afirmou na ocasião que “a situação do Brasil é de solidez e segurança porque os fundamentos são robustos” e que “as condições de financiamento da dívida pública brasileira permanecem sólidas neste momento de volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos”.

“Na verdade, isso tudo é um pano de fundo, e nós sabemos que a decisão, aqui, é política”,  resumiu a senadora, que ainda Dilma Rousseff da “intolerância” sofrida em relação aos decretos de crédito suplementares, um dos objetos da denúncia contra a petista. Outros presidentes da República, lembrou a senadora, também lançaram mão desse mesmo instrumento.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, exemplificou a senadora, emitiu cem decretos de crédito suplementar e descumpriu a meta de superávit primário em 2001. “E com isso eu vou dizer que o presidente Fernando Henrique é um irresponsável? Absolutamente. Em 2001, é claro que ele não conseguiria cumprir, pois vinha de sérias crises internacionais”, explicou.

Em 2009, também diante de cenário adverso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou 32 decretos da mesa natureza. “Agora, por que com a Presidente Dilma há essa intolerância e essa incompreensão, essa taxação de crime explícito por ter posto quatro decretos num momento de crise absoluta, em 2015, quando tivemos uma redução na nossa arrecadação em torno de R$ 50 bilhões? Por que com ela o tratamento é diferente?”, questionou a senadora.