O relatório final do mapeamento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Estado do Tocantins foi divulgado aos representantes de várias instituições e de setores produtivos do Estado. O estudo, fruto de parceria entre o Governo do Tocantins e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), foi apresentado na manhã desta terça-feira, 9, no auditório do Memorial Coluna Prestes, em Palmas.
Na ocasião, o coordenador do estudo, Dr. Waldecy Rodrigues, da UFT, detalhou a metodologia aplicada para elaboração do mapeamento, onde estavam identificados os setores de produção por região, incluindo o ramo de atividade e aspectos econômicos, além da situação e importância econômica e desenvolvimento numa escala estática.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), Alexandre de Castro, destacou a importância desse mapeamento para promover os setores produtivos do Tocantins. “Após cinco meses à frente da pasta, podemos observar o quanto esse trabalho nos ajudará para tomarmos iniciativas práticas e acertadas em relação às tomadas de decisão do Estado. Isso significa que temos condições, com base nesse relatório, de intervir em determinados processos e cadeias produtivas e orientar os atores privados e empreendedores de forma sistematizada, organizada, para garantir o sucesso dos empreendimentos”, considerou o secretário.
De acordo com o vice-reitor da UFT, Luís Eduardo Bovolato, a Universidade tem sido sempre chamada para contribuir com formação e elaboração de pesquisas, aportando conhecimentos produzidos dentro da Academia para contribuir com o desenvolvimento do Tocantins.
O evento contou ainda com a participação de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Federação das Indústria do Estado do Tocantins (Fieto), Banco da Amazônia, Instituto Federal do Tocantins (IFTO), técnicos da Seden, pesquisadores e sociedade.
Arranjos Produtivos Locais são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.
O mapeamento dos APLs no Tocantins foi iniciado em março deste ano, com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica, celebrado entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden) e UFT, visando à elaboração do mapeamento e identificação dos aglomerados, a partir de dados levantados pela Seden e repassados para a UFT para tabulação e tratamento técnico.
No relatório, constam informações relacionadas aos setores mapeados, a exemplo de empregos formais gerados em cada setor, nível de distribuição dos empreendimentos nas regiões geográficas e nível de desenvolvimento das cadeias produtivas.
Políticas públicas
Segundo o gerente de APLs da Seden, Marcondes Martins, o relatório permitirá a identificação dos aglomerados e as informações nele contidas servirão para sinalizar quais os setores estão melhor estruturados. Suas informações servirão ainda como diagnóstico prévio para elaboração dos planos de desenvolvimento de cada setor. O mapeamento dos APLs servirá para inserir o Tocantins no mapa nacional dos APLs, gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior.
APLs no Tocantins
Os pré-diagnósticos dos aglomerados, foi iniciado no Tocantins em 2011, gerenciado pela Seden, com a elaboração do plano de desenvolvimento do artesanato de capim dourado da região do Jalapão, e hoje já são cinco setores atendidos: piscicultura, cana de açúcar, artesanato com Capim Dourado, Flores Tropicais e a mandioca. O Núcleo de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais (NAPL/TO) realiza ações de mobilização institucional, formação de grupos gestores dos setores, elaboração de diagnóstico e plano de desenvolvimento.