A discussão sobre a construção de uma base curricular para que em todas as escolas tenham uma parcela de conhecimento comum, garantirá que todos os estudantes, principalmente, de instituições públicas tenham as mesmas oportunidades. E é isso que está acontecendo no Seminário Estadual da Base Nacional Comum Curricular, que está sendo realizado em Palmas.
A estudante Isadora Goulart, 16 anos, que estuda a 3ª série do ensino médio na Escola Estadual Frederico Pedreira, contou que foi transferida de Minas Gerais para Palmas e quando começou a estudar percebeu que o conteúdo era muito diferente.
“É importante ouvir o aluno, porque cada um tem sonhos e desejos diferentes para a vida profissional e gostaríamos de estudar aquilo que fosse nos ajudar no futuro”, disse Isadora. Ela esteve presente na abertura oficial do seminário.
A mãe da estudante, Fabiana Goulart, professora há 23 anos, que leciona, atualmente, em uma escola municipal está cursando mestrado sobre a base curricular de Artes nas escolas do Tocantins. “Acho esse seminário importante pelos avanços que estamos presenciando, por causa da valorização de áreas como direitos humanos e diversidade cultural”, pontuou.
A professora Meire Lúcia de Souza Bastos, que leciona Matemática na Escola Estadual Adolfo Bezerra de Menezes, de Araguaína, estava contente com as discussões. “Temos que inovar, criar novas maneiras de ensinar para se ter uma aprendizagem de qualidade. Como professora de Matemática, busco a criatividade e o dinamismo para atrair meus alunos para o conhecimento”, contou Meire Lúcia. Ela explicou que, muitas vezes, coloca os alunos para serem personagens das questões matemáticas para que eles sintam mais próximos dos conteúdos.
A educadora Cleuza Repulho, que veio de São Paulo para participar do Seminário, disse que é importante o registro de todos esses momentos de construção da base. Ela falou sobre o histórico da construção da base e contou que esteve nos seminários do Amapá, Acre, Rio Grande de Sul e Tocantins.
“Temos o desafio de construir uma base que atenda a um universo de alunos e escolas localizadas em diferentes regiões do País. No Brasil temos mais de cinco milhões de crianças estudando em escolas do campo”, frisou Cleuza Repulho, quando retratou a diversidade educacional brasileira.
A educadora Gilmara da Silva, que veio de Santa Catarina dar a sua contribuição para o Tocantins, enfatizou a importância de organizar o currículo a partir dos direitos das crianças e dos adolescentes. “Especialmente no ensino médio, os professores devem fortalecer o vínculo com os adolescentes”.
Gilmara destacou pontos como visões de mundo, sociabilidade, curiosidades e atitudes éticas que devem nortear a elaboração dos currículos escolares.