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Servidores públicos do quadro geral manifestam-se em frente ao Palácio Araguaia

Servidores públicos do quadro geral manifestam-se em frente ao Palácio Araguaia Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Servidores públicos do quadro geral manifestam-se em frente ao Palácio Araguaia Servidores públicos do quadro geral manifestam-se em frente ao Palácio Araguaia

A deputada estadual e líder do governo, Valderez Castelo Branco (PP), disse em entrevista ao Conexão Tocantins nesta quarta-feira, 17 de agosto, que o Governo do Estado não tem recursos para arcar com as reivindicações dos servidores públicos em greve. Valderez participou ontem, juntamente com secretários do Governo do Estado e o procurador geral Sérgio do Vale de uma reunião para discussão das demandas dos servidores."Nós conversamos e ainda falei com o Cleiton (Cleiton Pinheiro, presidente do Sisepe), que o governo está estudando uma forma de viabilizar porque não tem como pagar sem ter o dinheiro. E não adianta dizer que vai pagar se não tem o recurso, então o governo está viabilizando, está estudando uma forma", afirmou. 

Os grevistas querem o pagamento de data-base, mas o Governo do Estado até o momento não apresentou proposta. A deputada Valderez justificou por que o Governo não está podendo atender os servidores grevistas. "Aumentou, houve aumento no valor da arrecadação estadual, mas houve uma frustração na arrecadação federal (repasse), então a gente espera em Deus que melhore, que crie uma expectativa, esperança e que realmente atenda a classe", frisou. 

A deputada considera a greve legítima e diz que o governo tem boa intenção. "É legítima a greve, é democrática mas os segmentos tem que conversar com os secretários. O governo tem boa intenção, quer fazer, quer realizar e para isso é preciso ter condições financeiras para tal', disse. Nesta quarta-feira, 17, secretários estão reunidos no Palácio Araguaia para tomada de decisões. 

Servidores

Os servidores públicos vinculados ao Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sisepe/TO) continuam firmes no movimento grevista e estão dando continuidade às programações por todo o Tocantins, de acordo com o Sindicato. Segundo a assessoria de imprensa do Sisepe, foi aprovado em assembleia que a paralisação dos servidores só será cessada após a negociação da data-base pelo Governo do Estado. 

Atos públicos são realizados em várias cidades pelo Tocantins – Palmas, Gurupi Guaraí, Paraíso, Miranorte, Tocantinópolis e Araguaína estão entre municípios em que os servidores já realizaram manifestos. Nesta próxima quinta-feira, 18, acontecerá ato público em Araguaína. Em Palmas a concentração é na Assembleia Legislativa. O foco maior dos grevistas na Capital é mobilização na Assembleia Legislativa no sentido de dialogar com os deputados para que façam ponte com o Governo.

Entre os serviços mais afetados, segundo o Sisepe, estão os relacionados a Adapec, Ruraltins e Secretaria da Fazenda devido os servidores destas pastas serem os que mais denunciam perseguição por parte dos seus chefes – comissionados ou contratados.  “Que se não voltarem a trabalhar serão remanejados ou perderão gratificações”, informou o Sisepe. 

Saúde 

A categoria da Saúde está em greve desde o dia 9 de agosto. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sintras), a greve na área deve continuar até que o governo apresente proposta convincente. Na Saúde, a paralisação é gradual, vai acontecendo aos poucos. Em Palmas servidores do Hospital Maternidade Dona Regina e o do Hospital Geral de Palmas estão atendendo com número bem reduzido de servidores. Os trabalhadores nos anexos da Saúde estão quase que 100% em greve. Na Capital, os servidores do Hospital Infantil são os únicos que estão estudando uma maneira de participarem. Por tratar-se de saúde infantil, área delicada, de acordo com o Sintras, é preciso cautela.

Os atendimentos estão ocorrendo normalmente para urgência e emergência.  

Palmas, Paraíso, Miracema e Porto Nacional já aderiram a greve da Saúde. Servidores de outros municípios estão procurando o Sintras para adesão ao movimento. Gurupi aderiu hoje e o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, está a caminho da região Sul do Tocantins para organizar movimentos. 

Simed 

Os médicos que atuam no serviço público estadual de Saúde estão em greve desde ontem, 16. A greve atinge os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas. O Sindicato dos Médicos no Tocantins (Simed) ficou de informar os próximos passos da categoria ainda na tarde de hoje. 

Educação 

A rede estadual de Educação está em greve desde o dia 10 de agosto. De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintet), hoje, a adesão dos educadores a greve é de 90% em Palmas (mais profissionais efetivos) e a estimativa é entre 60 a 70% no interior (mais profissionais contratados). Em Palmas, algumas escolas estão fechadas - Madre Belém, Vila União, Castro Alves, Criança Esperança, Frederico Pedreira, Escola São José e Santa Rita estão entre os que estão parados 100%. 

Segundo o Sintet, quanto maior o número de profissionais efetivos, maior a probabilidade das escolas fecharem. 

Hoje os educadores estão concentrados na Secretaria Estadual da Educação. Pela manhã, a categoria recebeu uma professora do Rio Grande do Sul a qual ministrou palestra sobre movimento grevista. "O problema de aulas é de responsabilidade do Governo. O Governo é que tem que manter as aulas. A responsabilidade não é dos professores que estão em greve reivindicando direitos da categoria", segundo o Sintet. 

De acordo com o Sintet, está sendo organizado um movimento para a próxima sexta-feira, 19.