Os novos indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a força de trabalho no Brasil confirmaram o que o presidente do PSDB/TO, senador Ataídes Oliveira (PSDB), vem alertando há mais de um ano: o desemprego é muito mais grave do que mostravam as estatísticas oficiais. Os números revelados nesta quinta-feira (14) pelo IBGE apontam para uma multidão de 22,7 milhões de brasileiros sem trabalho – quase o dobro dos 12 milhões de desocupados anunciados antes.
“Cantei essa pedra há um bom tempo. A metodologia oficial maquiava a realidade do desemprego no Brasil, subestimando o número de desocupados e superestimando o de ocupados”, afirmou. O parlamentar explica que a pesquisa sobre desemprego não levava em conta os jovens “nem-nem”, que nem estudam nem trabalham~; os chamados “desalentados”, que não haviam procurado emprego 30 dias antes da pesquisa; parcela dos que vivem do seguro-desemprego; e trabalhadores que fazem apenas “bicos” eventuais.
Maior desafio
As mudanças feitas pelo IBGE na divulgação da Pnad contínua dão uma radiografia mais real do tamanho da tragédia legada ao Brasil pelo PT, destacou Ataídes Oliveira. Os novos indicadores passaram a ser coletados depois que o senador tocantinense promoveu duas audiências públicas no Senado Federal para discutir a metodologia de cálculo da taxa de desemprego no Brasil. Além do IBGE, participaram das audiências representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); do Ministério do Trabalho; do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE); e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Pior do que ter números ruins é não poder confiar neles”, insistiu o senador Ataídes Oliveira, lembrando que o cenário real do desemprego, “o pior legado da era PT”, é essencial para orientar empresários e investidores. É fundamental, também, acrescentou, para que o governo tenha mais clareza ao traçar políticas públicas de geração de renda e emprego.
O presidente do PSDB/TO acredita que os dados ainda podem ser melhor elaborados para refletir a realidade exata da força de trabalho. “Foi um avanço. Mas ainda falta maior clareza sobre os beneficiários do seguro-desemprego e do Bolsa Família, por exemplo”, comentou. Segundo ele, enfrentar o drama do desemprego é o maior desafio do governo Temer. “A única saída é produzir e produzir, para gerar mais vagas e oportunidades para os brasileiros”, concluiu.