O Governo do Tocantins, por meio da secretária de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Meire Carreira, acompanhada de uma equipe da Secretaria, estará, na manhã da próxima terça-feira, 8, em Brasília (DF), para uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. Na pauta do encontro, uma extensa agenda de reivindicações para intensificar alguns projetos em andamento no Estado. “Vamos tentar a liberação de recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para investimentos nas políticas públicas na área de sustentabilidade ambiental”, pontuou a titular da pasta.
No mesmo dia, à tarde, a secretária Meire terá um encontro marcado na Associação Brasileira do Meio Ambiente (Abema), e na quarta-feira, 9, participará da reunião no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). As duas reuniões vão tratar do licenciamento ambiental, para a unificação de uma proposta de projeto de lei quanto ao tema.
Durante a audiência com o ministro, a equipe da Semarh vai entregar um documento, ao ministro, com tópicos referentes ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), resíduos sólidos, recursos hídricos, queimadas, Redd+, Mosaico do Jalapão, entre outros assuntos. O documento está sendo formatado e será concluído nesta segunda-feira, 7.
O carro-chefe dos recursos é o Fundo Amazônia, que está investindo R$ 2,5 bilhões em projetos para redução do desmatamento da Amazônia Legal, cujo prazo para investimentos deverá ser prorrogado de 2020 para 2030. O BNDES recebeu sinalização positiva para iniciar os procedimentos de formalização para estender o prazo. Com a garantia da renovação, o Banco, gestor do Fundo Amazônia, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), poderá apoiar projetos com prazos de maturação maiores.
Crédito de carbono
Na avaliação da secretária, o Tocantins está diante de uma oportunidade real de acessar volumes financeiros robustos, capazes de viabilizar não somente a preservação dos ativos ambientais tocantinenses, como também de incentivar, financeiramente, as cadeias produtivas do Estado. “Considero fundamental para o bom andamento da criação do Sistema Estadual de Incentivos aos Serviços Ambientais, o envolvimento e empoderamento do mercado de crédito de carbono.
Mosaico Jalapão
A região do Jalapão apresenta-se como um grande mosaico de áreas de preservação que tem como objetivo garantir a preservação da fauna e flora do Cerrado. Dentre as unidades de preservação estão a Área de Preservação Ambiental Estadual do Jalapão (APA Estadual Jalapão), criada em 2000, com 461 mil hectares, abrangendo parte dos municípios de Mateiros, Novo Acordo e Ponte Alta do Tocantins. Ela abriga um dos principais atrativos turísticos da região, a Cachoeira da Velha. O Parque Estadual do Jalapão, criado em 2001, abrange uma área de quase 160 mil hectares no município de Mateiros, sendo o maior parque estadual do Tocantins. A vegetação é predominantemente de Cerrado e campo limpo com veredas.