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Polí­tica

Campelo alfinetou o prefeito Amastha dizendo que ele não tem compromisso com Palmas

Campelo alfinetou o prefeito Amastha dizendo que ele não tem compromisso com Palmas Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Campelo alfinetou o prefeito Amastha dizendo que ele não tem compromisso com Palmas Campelo alfinetou o prefeito Amastha dizendo que ele não tem compromisso com Palmas

Alguns vereadores de Palmas comentaram na sessão matutina desta quinta-feira, 10 de novembro, na Câmara de Palmas/TO, a Operação Nosotros da Polícia Federal. Em cerca de 40 dias a PF esteve na casa do secretário de Finanças da Capital, Claudio Shüller que também é investigado por possível posse de armas em situação irregular. "Tem secretário aí que já pode até pedir música no Fantástico, já tem a Polícia Federal por três vezes em casa então se lá faz três gols pede música, vamos pedir música aqui também", disse Campelo. 

Campelo também alfinetou o prefeito Amastha que, segundo o vereador, não tem compromisso com Palmas. "Só vive viajando e para a sorte dele ele não estava em casa mas eu creio que quando ele retornar ao Brasil ele vá lá na Polícia Federal dar as explicações e aproveitar e lançar a candidatura de governador dele, até porque ele disse que vai largar a Prefeitura daqui uns dias e vai ser candidato a governador", disse. 

O vereador Milton Neris (PP) também comentou. Segundo Neris, Amastha se igualou ao ex-prefeito Raul Filho. "Ele (prefeito Amastha) dizia que o (ex) prefeito Raul Filho era ruim porque a Polícia Federal já esteve em sua porta pela manhã. De fato isso aconteceu mesmo no passado, mas o prefeito Amastha agora conseguiu empatar com (ex) prefeito Raul Filho porque a Polícia Federal amanheceu nas duas casas dele. Empatou o jogo, está 0 a 0", afirmou. 

O vereador Júnior Geo (PROS) disse que não ficou surpreso pela operação da Polícia Federal contra o prefeito. "A Polícia Federal se não o encontrou em casa é por motivo simples, ele sempre está em viagem", disse completando: "Quando se afirma que não se pode surpreender pela ação da Polícia Federal é porque já houve a prisão de um secretário do município há cerca de 40 dias, houve uma segunda ação da Polícia Federal na casa de alguns secretários, escritórios do município de Palmas e está ocorrendo pela terceira vez", completou. 

Os vereadores comentaram que os relatórios de viagens do prefeito e outros documentos que são solicitados pela Câmara não são entregues pelo gestor. 

Operação Nosotros 

A Polícia Federal realiza a Operação Nosotros e desta vez o alvo principal é o próprio prefeito Carlos Amastha (PSB) que teve seu apartamento no Edifício Galápagos na 204 Sul e sua suposta casa no setor Jardim Taquari sob busca e apreensão. A PF também realizou a operação denominada "Nosotros" no gabinete dois do prefeito que fica no Orquidário do antigo Projeto AMA, na avenida Teotônio Segurado. 

A Operação Nosotros ocorre em cumprimento a um mandado do juiz federal Klaus Kuschel do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília/DF, e ordena que se cumpra a busca e apreensão de todos os documentos, mídias e dispositivos que tenham informações para a investigação que corre sob sigilo de justiça. A operação é coordenada pelo delegado Rodrigo Borges Correa, da Superintendência Regional da Polícia Federal em Palmas. 

O processo investigativo é o de nº 0052307-042016.4.01.0000/TO tramitando na 2ª Seção do Tribunal Regional Federal e segundo informações repassadas pela Polícia Federal, trata-se de investigação com o objetivo de apurar suposta fraude envolvendo o processo de licitação para construção do sistema de transporte do BRT (Bus Rapid Transit) de Palmas no valor aproximado de R$ 260 milhões de reais.