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Geral

Foto: Zezinha Carvalho Dona Maria sente-se muito acolhida na Casa de Apoio Dona Maria sente-se muito acolhida na Casa de Apoio
  • Antônia de Carvalho luta contra o câncer e considera a Casa a extensão do seu lar
  • Evanês Nunes acompanha o tratamento do filho e está a 1 ano e 7 meses na Casa

Somente no ano de 2016, a Casa de Apoio Vera Lúcia fez mais de 21 mil pessoas. O local oferece aos acompanhantes de pacientes que estão internados nos hospitais públicos de Palmas, alimentação e serviços de apoio como, atividades religiosas, realização de palestras, hora do conto, este como uma forma de despertar a alegria dos hóspedes, na tentativa de amenizar a angústia de quem por lá passa. Todo o atendimento da Casa de Apoio é gratuito.

“A Casa é um lugar muito especial para aqueles irmãos que vêm a Palmas e não tem nem dinheiro para pagar hotel e nem conhecidos que possam hospedá-los em suas residências. Neste ano, a Casa completará 11 anos, e temos certeza que Ela foi e é muito importante para muitas pessoas”, disse a secretária do Trabalho e Assistência Social, Patrícia do Amaral.

A afirmação da secretária pode ser reforçada pela opinião de Ivanês Nunes, 21 anos, moradora de Taguatinga, cidade localizada a 447Km de Palmas.  “Eu não sei o que faria se não fosse a Casa de Apoio. Meu filho está na UTI desde o dia que nasceu. Foi aqui na Casa que fui acolhida, recebo atenção, apoio e carinho de todos. É isso que me ajuda a superar essa grande batalha”, conta a jovem, que está com o filho Yuri, há um ano e sete meses no hospital em tratamento contra hidrocefalia.

Lutando contra um câncer no colo do útero, Maria Urânia da Cruz, 52 anos, há mais de um mês veio de Dianópolis, cidade localizada a 365km da Capital. Para ela, o local não difere do seu lar. “Ficar aqui é o mesmo que estar em casa. Sou bem acolhida, me sinto bem; tenho meu quarto, alimentação e apoio das pessoas que convivem aqui”, afirmou.

A idosa Antônia de Carvalho, 65 anos, moradora de Lagoa da Confusão,cidade localizada a 198km de Palmas, também está na luta contra o câncer no colo do útero, e ressalta a gratidão pelo acolhimento que recebe de todos na Casa. “Quando cheguei eu fiquei muito feliz, recebi todo o apoio de uma verdadeira família. Aqui fiz muitas amizades, tenho um teto, comida, uma caminha, além de todo o apoio no tratamento”, assegurou.

 Hospitalidade

A gerente da Casa de Apoio, Alessandra Lima informa que o lugar é um alojamento que hospeda gratuitamente os pacientes e acompanhantes. “Os pacientes, após passarem pelo processo de avaliação médica, são devidamente direcionados à Casa com o encaminhamento da assistência social dos hospitais púbicos da Capital, e aqui são hospedados durante todo o período de seu tratamento”, explica.

Como os tratamentos nos hospitais têm cronogramas variados, podendo ser diários, semanais, mensais ou periódicos, dependendo do protocolo médico indicado, os hóspedes podem permanecer na Casa pelo período que for necessário.   

Atendimentos

Em 2016, a Casa fez mais 21 mil atendimentos, sendo uma média de  1.500 pessoas mês. Os meses de maiores acomodações foram março, com 2.026 pessoas; maio, 2.316  e  julho 2.116. “O grande número reforça o quão importante a Casa é para as pessoas que chegam a Palmas”, disse a secretária Patrícia do Amaral.

 A Casa

A Casa de Apoio Vera Lúcia foi entregue à população em 18 de abril de 2006 pelo governador Marcelo Miranda. A Casa oferece abrigo, conforto e condições dignas aos pacientes em tratamento de saúde em Palmas, e a seus acompanhantes. A estrutura física da Casa é composta de mais de 100 leitos equipados com beliches, cozinha, sala interdisciplinar, parquinho e área de convivência social e capela. O lugar está a apenas 200 metros do Hospital Geral de Palmas (HGP), o que facilita o acesso.