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Educação

Foto: Carlessandro Souza Para Maria, o benefício serviu de alicerce para a conquista da independência financeira Para Maria, o benefício serviu de alicerce para a conquista da independência financeira

A assistente social, Maria Pereira Bispo Pedrosa, de Jaú do Tocantins, cidade localizada a 391 km da capital Palmas, teve uma infância pobre, mas chegou à universidade, com ajuda do maior programa de transferência direta de renda do País, o Bolsa Família (PBF), e se formou no curso de Serviço Social. Maria conta com orgulho sobre a melhoria de vida que viveu e derruba os mitos a cerca do benefício.

O PBF monitorado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), gerido no Tocantins pela Secretaria do Trabalho e da Assistência Social (Setas), completou 12 anos de existência e tem beneficiado 129 mil 813 famílias do Estado. Por vincular o acesso a uma série de serviços e benefícios, ele é a porta de entrada para o sistema de proteção social, atuando como protagonista na melhoria na qualidade de vida dos usuários. 

Para a secretária da Setas, Patrícia Amaral, o Programa possui três eixos estratégicos. ”A transferência de renda - promove o alivio imediato da pobreza; as condicionalidades - reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação; saúde e assistência social em que as ações e programas complementares, objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade”, explicou.

De assistida a assistente social

Moradora da zona rural, Maria estudou até a oitava série, saiu da casa dos pais aos 15 anos e foi trabalhar de babá na cidade de Jaú, lá conheceu o marido e pouco tempo depois estava grávida. Casados e sem qualificação profissional era difícil conseguir um emprego e, como pais, tinham a missão de criar o filho. 

Ela que passou por diversas dificuldades financeiras, conta que entrou para PBF para conseguir uma renda para sobreviver. “Entrei para o programa em 2004 e com ele pagávamos parte das despesas do supermercado. O benefício serviu de alicerce, mas, a minha vontade era ser independente e ter uma boa renda mensal”, conta. 

Maria retornou aos estudos e concluiu o ensino médio. “Em 2006 consegui um emprego fixo e atuei como agente de saúde. Nessa época, deixei o PBF e decidi voar mais alto e conquistar meu diploma de curso superior”, resume ela. 

Hoje Maria é formada em Serviço Social e trabalha no cargo de coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Secretaria de Assistência Social de Jaú do Tocantins. “Eu acredito que a gente tem que procurar melhorar, estudar, se aperfeiçoar. O dinheiro do programa me ajudou em um momento difícil, mas eu sempre batalhei para sustentar a minha família. O benefício foi um apoio importante para que hoje eu pudesse caminhar com as minhas próprias pernas”, afirma.