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Polí­tica

Foto: Divulgação A senadora percorreu o Hospital Geral de Palmas e ouviu 40 pacientes A senadora percorreu o Hospital Geral de Palmas e ouviu 40 pacientes

A senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) passou mais de duas horas percorrendo os anexos do Hospital Geral de Palmas (tendas) nesta sexta-feira, 3. Kátia Abreu ouviu reclamações de pacientes e verificou, in loco, as condições do HGP que hoje abriga mais de 100 pessoas. Para a senadora a atual situação do hospital representa "um caso explícito de má gestão e descaso com as pessoas". 

A senadora Kátia Abreu constatou que nos anexos do hospital cerca de 95% dos internados aguardam a realização de cirurgias - a maior parte, intervenções de ortopedia. Segundo Kátia, os pacientes são acomodados em macas, ambiente sem ventilação e banheiros sem higiene. Os acompanhantes são responsáveis por levarem lençóis e se revezam em cadeiras improvisadas.

Há pacientes – como queixaram-se à senadora – que estão há quarenta dias aguardando uma cirurgia, como é o caso do motociclista Edis Correia Lima, vítima de acidente de moto e que deu entrada no Hospital Geral de Palmas em 27 de dezembro de 2016. Uma idosa de 102 anos - Ondina Amorim – encontrava-se na manhã desta sexta há cerca de 24 horas sem qualquer alimentação e sem saber se seguiria para o centro cirúrgico.

A senadora conversou com 40 pacientes internados. Dos servidores (auxiliares de enfermagem, enfermeira e médicos) recebeu a confirmação de que faltam produtos básicos como sabonete, desinfetantes e lençóis. “Os médicos não tem culpa”, ressaltou uma paciente que aguarda cirurgia há mais de 30 dias. A paciente chegou a ser levada ao centro cirúrgico e não foi operada porque, segundo os médicos, faltavam roupas para os profissionais (uniforme). 

Durante a visita, a senadora Kátia Abreu pediu à superintendente de Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado, Elaine Negre, explicações quanto as reclamações dos pacientes. Para a senadora Kátia Abreu, "não faltam recursos e sim gestão", diz a parlamentar. 

Ela questionou a falta de produtos básicos, que considera uma demonstração de falta de planejamento, salientando ser incompreensível que, seis meses após a extinção de contrato com uma prestadora de serviço, ainda hoje o governo não tenha regularizado a situação.

A senadora ainda ressaltou que há formas alternativas para solucionar a questão. “A prioridade é o paciente que não pode ser preterido por questões burocráticas. O dinheiro da saúde é sagrado e tem que ser aplicado de forma correta”, disse a parlamentar.

Situação de Emergência 

O Senado da República aprovou em dezembro do ano passado, a pedido da senadora Kátia Abreu, a criação de uma Comissão Temporária Externa para verificar a situação de emergência e caos na saúde pública do Tocantins. Além disso, no orçamento da União de 2017, a senadora Kátia Abreu participou da decisão dos parlamentares de destinarem suas emendas para o governo aplicar na saúde no Estado.