Servidores públicos e trabalhadores em geral participam de manifesto nesta quarta-feira, 15, em Palmas/TO, contra a Reforma da Previdência - que está em tramitação no Congresso Nacional. Se unem no ato integrantes da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO), Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sintet), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect), entre outros.
O objetivo é pressionar os congressistas a não aprovarem a reforma previdenciária, proposta pelo governo Michel Temer, através da PEC 287/2016. O protesto faz parte de movimento nacional.
Na Capital, a concentração começou a partir das 8 horas na Avenida JK, em frente ao Colégio São Francisco de Assis. De lá, os manifestantes seguiram até a Assembleia Legislativa, na Praça dos Girassóis e acompanham a sessão de hoje. A sessão desta quarta-feira na AL é solene, em homenagem ao ex-governador Henrique Santilho e conta com a presença do governador do Tocantins, Marcelo Miranda.
Reforma nociva aos trabalhadores
O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO), Cleiton Pinheiro, argumenta que a reforma previdenciária proposta pelo governo federal é extremamente nociva a todos os trabalhadores. “O que o governo está fazendo é acabar com direitos dos trabalhadores com a justificativa de sanear as contas da Previdência. No entanto o governo não ataca um dos principais fatores que afetam a Previdência que é a inadimplência no sistema”, afirma.
Para o presidente da NCST-TO, o governo deixa de cobrar os grandes devedores que causam o desequilíbrio das contas da Previdência Social.
Os principais pontos da reforma da Previdência, proposta pelo governo são: aumento para 65 anos da idade mínima para aposentadoria; desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, abrindo caminho para que o trabalhador aposentado receba menos de um salário mínimo mensal de aposentadoria; aumento para 25 anos do tempo mínimo de contribuição; para se aposentar com 100% o trabalhador terá de contribuir durante 49 anos para a Previdência. “A desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, por exemplo, vai provocar um grande impacto no orçamento familiar e também na economia dos estados e municípios, uma vez que menos recursos vão circular e vai aumentar a demanda por serviços e atendimentos básicos nos municípios”, avalia o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins.
Além do ato marcado para o dia 15 de março, as entidades sindicais também vão pressionar os deputados e senadores para que rejeitem a proposta do governo federal.