O presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), Humberto Camelo, reuniu sua equipe técnica para repassar e discutir o resultado da participação na 44ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA), realizada nos 06 e 07 de abril, em Pirenópolis-GO. O destaque foi o Plano Nacional para tornar o País livre de febre aftosa sem vacinação, de forma gradativa em todos os Estados até 2021. A reunião para revisão desse Plano será realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), entre os dias 26 e 27 de abril, em Brasília.
De acordo com Humberto Camelo, é nessa reunião, que de fato, as estratégias serão traçadas, para serem colocadas em prática ainda este ano. “A nossa delegação contou com 24 profissionais, que estão envolvidos diretamente nas atividades de defesa agropecuária do Tocantins. Estamos nos preparando para essa luta que busca, além de novos mercados, a evolução da situação sanitária em todo o País”, disse acrescentando que, a transição para área livre da doença sem vacinação deve iniciar pelos estados do Acre e Rondônia, que fazem parte do 1º bloco.
O Tocantins faz parte do IV bloco, juntamente com mais 10 Estados e o Distrito Federal (BA, DF, ES, GO, MG, MT, MS, PR, RJ, SE e SP). Os Estados foram separados por cinco blocos, de acordo com análises de fluxos de animais, estudados pela Universidade Federal de São Paulo (USP) e o Mapa, que levou em conta, entre outras, a movimentação bovina dentro do país. Todas as discussões do Plano, ainda serão avaliadas pelos setores privados, acadêmicos e públicos para o início das atividades. “Após sermos notificados das possíveis reestruturações sobre a retirada gradativa da vacinação, já começaremos as adequações, pois haverá um cronograma a ser seguido para que todo o país esteja envolvido”, explicou a diretora de defesa, sanidade e inspeção da Adapec, Regina Barbosa.
Situação atual do Brasil
A zona livre com vacinação abrange 76,1% do território nacional, com 97,0% do rebanho bovino. A zona livre sem vacinação, hoje, pertencente ao estado de Santa Catarina, representa 1,1%, com 2,0% do rebanho bovino. Já a zona não livre ocupa 22,8% do território brasileiro com 1,0% do rebanho.