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Cultura

 Poliana Macedo espera que a partir do seu livro as pessoas possam conhecer melhor a história da devoção ao Divino Espírito Santo

Poliana Macedo espera que a partir do seu livro as pessoas possam conhecer melhor a história da devoção ao Divino Espírito Santo Foto: Divulgação

Foto: Divulgação  Poliana Macedo espera que a partir do seu livro as pessoas possam conhecer melhor a história da devoção ao Divino Espírito Santo Poliana Macedo espera que a partir do seu livro as pessoas possam conhecer melhor a história da devoção ao Divino Espírito Santo

A jornalista Poliana Macedo está com uma obra publicada pela Editora Fi, o livro “A festa do divino Espírito Santo: Memória e religiosidade em Natividade-Tocantins”. A obra analisa as festividades que ocorrem na cidade tocantinense em louvor do culto religioso na contemporaneidade, destacando alguns dos seus aspetos mais significativos. Este é o segundo livro da jornalista que o produziu a partir da sua dissertação de mestrado.

O livro está disponível no site da editora: http://www.editorafi.org/133poliana, para download gratuito ou para a compra da obra física.

Poliana espera que, a partir do seu livro, as pessoas possam conhecer melhor a história da devoção ao Divino Espírito Santo em Natividade. “Como ela começou em Portugal, como chegou ao Brasil e seus primórdios em Natividade. E, principalmente, que possam entender o significado da fé que norteia todo o trabalho dessas pessoas”, comentou.

Além disso, a jornalista tem a expectativa que as demais festas do Divino sejam incentivadas e divulgadas em todo o Tocantins. “Espero que mais pesquisas sejam realizadas sobre o assunto em nosso Estado e que as demais festas do Divino realizadas pelo Tocantins também sejam incentivadas e divulgadas”, disse.

Poliana ressalta que o Estado tocantinense possui sim cultura e ela deve ser valorizada. “O Tocantins tem cultura sim e possui uma identidade. Não concordo com muitos pesquisadores que levantam a bandeira que aqui não temos cultura. Nosso povo é retrato dessa cultura”, afirmou a jornalista. “Temos que valorizar o que temos”, completou.

Pesquisa

Segundo a jornalista, a pesquisa que embasa o livro iniciou entre 2010 e seguiu até 2012. “Porém antes desse período, entre 2005 e 2006, enquanto cursava o curso de Jornalismo, fizemos um projeto experimental em Natividade e nossa turma organizou seminário de extensão também na cidade que fez com que pudéssemos conhecer as pessoas, a história da cidade”, explicou.

“Fiquei extremamente encantada com aquilo tudo e pensei que ‘as pessoas deveriam conhecer Natividade e a festa do Divino’, afirmou Poliana.

A partir da escolha do tema para o seu mestrado, foi feita a pesquisa de campo. “Meio que morei em Natividade durante o período da festa do Divino porque a ideia era captar e relatar o quê de fato acontecia ali. E ainda passei seis meses em Portugal (morando praticamente dentro de uma biblioteca) procurando autores e pesquisando sobre a origem da festa por lá”, contou a jornalista.

Ainda segundo Poliana, no Brasil há informações escassas sobre a festa, por isso a pesquisa em Portugal foi fundamental para entender o percurso da festa lá até chegar ao nosso país. “Sem esse intercâmbio na Universidade do Minho e orientação de professores portugueses, não teria conseguido todos os dados”, completou.

Sobre a compilação dos dados, Poliana disse que não encontrou dificuldades nesta parte do trabalho. “Por mais extensa que tenha sido a pesquisa, foi uma fase boa, pois quando você escreve sobre algo que gosta, as palavras fluem facilmente”, explicou.

Surpresas da pesquisa

Poliana ainda comenta sobre o que mais a impressionou durante a pesquisa. “Os devotos de Natividade são extremamente receptivos e amam falar sobre a festa, explicar os ritos e falar de como são agraciados pelo Divino. Confesso que em muitas entrevistas eu me emocionei com os relatos, e naquele momento a pesquisadora ficava em segundo plano, pois eu chorava junto com eles”, relata.

O livro

A apresentação do livro é feita pela Dra. Marta Lobo, professora de História Moderna da Universidade do Minho em Portugal. A obra possui 222 páginas.

“A festa do divino Espírito Santo: Memória e religiosidade em Natividade-Tocantins” analisa as festividades que ocorrem nesta cidade em louvor do culto mencionado na contemporaneidade, destacando alguns dos seus aspetos mais significativos. A temática tem sido objeto de estudo de historiadores, mas também de sociólogos, antropólogos e etnólogos.

Perfil

Poliana Macedo de Sousa, Jornalista e Mestra em Ciências do Ambiente. Atua como servidora pública federal na área de editoração de revistas científicas da Universidade Federal do Tocantins desde 2014. 

No Jornalismo atuou nas editorias de Cultura, Economia e foi Correspondente no Jornal do Tocantins, também trabalhou na área de Assessoria de Comunicação na Prefeitura de Araguaína e órgãos do sistema S como Senar, Senai e Sesi. Como docente ministrou aulas nos cursos de Administração da Faculdade de Ciências do Tocantins (FACIT) e Jornalismo da UFT.