O presidente Michel Temer (PMDB) informou em pronunciamento em rede nacional de televisão na tarde desta quinta-feira, 18, que não renunciará à Presidência da República. "Não renunciarei. Repito, não renunciarei, sei o que fiz", disse Temer em seu pronunciamento.
Mais cedo o jornalista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, afirmou que Temer estaria pronto para anunciar o renúncia e já teria até mesmo conversado com alguns ministros sobre a decisão. O jornalista ainda informou, inclusive, que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já teria sido avisado.
No início da tarde desta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou a abertura de inquérito para investigar Michel Temer, o que deixará o peemedebista com espada de Dâmocles sobre a cabeça enquanto permanece no cargo.
O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir da delação do empresário dono da JBS, Joesley Batista, que gravou conversa o presidente tratando de propinas para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), preso em Curitiba/PR. Com a decisão do ministro Fachin, o presidente passa formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.
Manifestações
Estão sendo disseminadas nas redes sociais, mensagens de convocação para manifestações no próximo domingo, 21, com as pautas Fora Temer, e Eleição Direta Imediata, Fim do Foro Privilegiado e em apoio ao Combate à Corrupção. As movimentações nas redes sociais convocam para manifestação de cunho apartidário sem bandeiras de partidos ou sindicatos. A proposta é que todos vistam roupas brancas e movimentos contra a corrupção de esquerda e direita se unam.
Em caso de renúncia
Em caso de renúncia do presidente nos próximos dias e vacância do cargo presidencial, Rodrigo Maia é o substituto imediato segundo o que prevê a Constituição da República e deverá convocar o Congresso Nacional para que eleja de forma indireta o novo presidente, que governará o País em um mandato tampão até o final de 2018.