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Polí­tica

Foto: Antônio Gonçalves

Foto: Antônio Gonçalves

Defensor da educação como mola propulsora do desenvolvimento, o deputado Paulo Mourão (PT), elogiou a iniciativa do prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), que lançou edital com 200 vagas para cursinho pré-Enem, através do projeto Palmas Aprova. “Esse é o caminho, dar oportunidade ao jovem”, frisou Mourão acrescentando que embora sejam apenas 200 vagas, ele torce para que o projeto seja estendido a todos os estudantes da rede escolar municipal.

Desde quando foi deputado federal, o parlamentar tem como principal bandeira investimentos em educação, a fim de preparar o jovem para o mercado de trabalho e assim garantir um futuro melhor para estes jovens, e consequentemente o desenvolvimento do país. Mourão foi relator do projeto de criação da Universidade Federal do Tocantins – UFT e, recentemente como deputado estadual, autor do pedido para transformação da Fundação Unitins em autarquia pública e gratuita.

Quando prefeito de Porto Nacional implantou o Centro de Desenvolvimento Tecnológico – CDT, para dar condições de formação aos jovens, bem como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), com ensino tecnológico à distância aos jovens. Ainda implantou, em Porto Nacional, um campus do IFTO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, bem como levou para o município o ITPAC, fortalecendo o ensino superior local.

Preocupado com a grande demanda de jovens que abandonam os estudos e o baixo índice de jovens que chegam à universidade, Paulo Mourão apresentou em agosto de 2016 um requerimento, propondo ao governo do Estado o encaminhamento de um projeto de Lei criando o Curso Estadual Pré-Vestibular Gratuito, para alunos da rede pública estadual de ensino, uma vez que o envio deste tipo de projeto é prerrogativa do executivo.

O objetivo do projeto é preparar alunos de escolas públicas para a disputada concorrência dos vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio –ENEM, principalmente para os cursos mais valorizados no mercado profissional. “Nota-se que o acesso ao ensino superior está cada vez mais s difícil para os jovens das camadas mais pobres da sociedade, o cursinho gratuito é uma forma de incentivo e estímulo a esses jovens”, defendeu o parlamentar.

O requerimento foi aprovado pela Assembleia Legislativa, sendo que Paulo Mourão chegou a se reunir com a secretária da Educação, Wanessa Sechim, no final de setembro, quando o parlamentar reforçou o pedido de criação do cursinho. Ele defendeu que seria uma forma de resgatar muitos jovens que abandonaram os estudos, após encerrarem o ensino médio, por falta de oportunidade.

Na ocasião, Paulo Mourão explicou à secretária Wanessa que um dos problemas que acabam bloqueando o ingresso dos jovens nas universidades é a concorrência. “Muitas vezes a escola não oferece um ensino que lhes permitam concorrer em pé de igualdade com jovens que estudam em escolas particulares. Outra dificuldade é que muitos jovens deixam os estudos cedo porque são obrigados a ingressar no mercado de trabalho, para ajudar no sustento da casa”, explicou.

Paulo Mourão vê no projeto, que já deu certo em algumas cidades do Ceará e no Piauí, uma oportunidade de capacitar os jovens de baixa renda, dando a eles oportunidade de competir de igual pra igual com os alunos com renda familiar melhor, na hora de concorrer a uma vaga para entrar na universidade. “Em torno de 60% a 70% dos jovens de famílias com renda melhor chegam às universidades, enquanto o índice dos jovens de baixa renda fica em torno de 30% a 40%”, citou. Mourão destaca ainda que o índice de jovens de baixa renda, que entram na universidade, cresceu nos dois estados que implantaram esse projeto do curso pré-vestibular gratuito.

Depois de discutir com a secretária Wanessa sobre a implantação e os custos que vão incidir sobre o orçamento, Paulo Mourão sugeriu que o projeto fosse inserido na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, a fim de garantir recursos no orçamento para iniciar os projetos pilotos. “Precisamos dar suporte a esses jovens que estão ficando sem oportunidade”, sustentou.

Como a LDO do exercício de 2017 chegou a Assembleia sem essa previsão, o parlamentar apresentou emenda aditiva, prevendo promoção de atividades extracurriculares aos alunos da rede pública estadual de ensino, inclusive para o preparo de alunos de escolas públicas para a disputada concorrência dos vestibulares e do Enem. Até agora o projeto de lei sequer foi enviado pelo governo à Assembleia Legislativa para aprovação.

Paulo Mourão lamenta muito que nenhuma providência foi tomada. “Isso mostra que a educação continua sendo tratada muito vagamente e não como um projeto de Estado”, destacou. “Não se coloca meta para a qualificação profissional com resultado”, finalizou o parlamentar.