O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins (OAB/TO) Walter Ohofugi, solidarizou-se, nesta quarta-feira, 19 de julho, com a advogada Ludmila Borges, 27 anos, vítima de agressão e sequestro. A advogada foi encontrada por populares no próprio veículo, desacordada, no final da tarde desta última terça-feira.
Ohofugi telefonou para a advogada e colocou a OAB à disposição da profissional para o que ela precise em relação ao caso. Pouco depois, o presidente contatou o secretário de Segurança Pública do Estado, César Simoni, e pediu apuração urgente e completa para o crime contra a advogada. O secretário assegurou que vai se empenhar pessoalmente para que a investigações seja rigorosa.
“O que ocorreu é gravíssimo. Advocacia como um todo é vítima e não podemos aceitar isso”, destacou Ohofugi.
Também nesta quarta-feira, a diretoria da OAB-TO publicou uma nota de repúdio.
Informações PM
De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, a PM foi acionada em Piraquê/TO pela vítima, uma mulher de 28 anos, que informou um sequestro. Segundo a advogada, ela estava saindo do seu escritório para almoçar por volta das 13 horas, em Araguaína, quando um indivíduo desconhecido, que trajava calça jeans e camisa branca, solicitou uma consulta jurídica. Ela então foi atendê-lo e na sala do escritório foi questionada pelo o acusado a respeito do dinheiro, sendo em seguida, agredida com dois socos.
Ainda de acordo com a PM, a vítima informou também que foi conduzida até o banco traseiro do seu veículo, onde sofreu novas agressões e foi obrigada a ingerir um líquido, vindo a desmaiar. A vítima foi abandonada dentro do seu veículo no entroncamento da TO-416 com a BR-153, que liga os municípios de Piraquê e Riachinho. A vítima recebeu os devidos cuidados médicos e posteriormente, compareceu à Delegacia de Polícia Civil em Araguaína.
Confira nota de repúdio da OAB/TO:
“OAB-TO repudia sequestro de advogada
A OAB-TO manifesta repúdio à agressão física e sequestro da advogada criminalista Ludimila Borges, ocorrido na data de ontem, 18/07, em Araguaína. As agressões tiveram início no escritório da advogada.
A advogada está segura e amparada. O Presidente da Subseção de Araguaína, José Quezado, está acompanhando o caso. A Diretoria da Seccional dará todo o apoio necessário para que o inquérito esclareça as circunstancias do episódio, inclusive oficiando a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins para que o delito seja apurado com rigor e celeridade.
Este é um atentado inadmissível à advocacia, na medida em que a advogada não teve qualquer patrimônio subtraído, o que sugere intimidação à profissional, especialmente por ter sido revirado seu escritório.
A OAB-TO não aceita que seus inscritos e inscritas sejam violentados no exercício da profissão e oferecerá todo o suporte Institucional necessário para que a investigação aponte os envolvidos. A Ordem entende que a inviolabilidade do local de trabalho deve ser sempre preservada e prestigiada, sob pena de se colocar em risco o Estado Democrático de Direito". (Matéria atualizada às 17h06min)