A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE/TO) acompanha o caso da menor Kayorrane B. de A. C., de 15 anos. A adolescente tem escaras pelo corpo por complicações de uma infecção de medula óssea e teve a sua situação crítica bastante conhecida por compartilhamento de vídeo em redes sociais. Por conta da enfermidade, a adolescente não pode andar e nem sequer ter acompanhamento escolar.
A Central de Atendimento da Saúde da DPE-TO oficiou a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) e Secretaria Estadual de Saúde (SESAU) nesta sexta-feira, 21, a prestarem informações sobre o caso da adolescente. Além disso, a equipe multidisciplinar da DPE-TO esteve em visita à casa da adolescente na quarta-feira, 19, para verificar a situação in loco e elaborar relatório sobre as principais necessidades da adolescente.
Segundo a Sesau, em 2015 a adolescente ficou internada 40 dias e, no período, foi submetida a vários procedimentos médicos com especialistas e equipe multiprofissional.
Ofício
O documento solicita informações sobre o porquê da desnutrição e escaras profundas no corpo de Kayorrane, detalhes sobre infecção de medula óssea, quais os tratamentos estão sendo oferecidos e quais os indicados, suporte nutricional adequado, qual a indicação de cirurgia (desbridamento, enxerto ou retalho?), a possibilidade da paciente ser submetida às sessões de oxigenoterapia, escala e tempo de acompanhamento médico domiciliar, equipe multidisciplinar e no hospital, prontuários médicos e relatórios de visitas domiciliares e prescrição de medicamentos. Além disso, foi solicitado agilidade e previsão do fornecimento de cadeiras de rodas para a adolescente.
O ofício estipula o prazo de 3 dias úteis para que sejam encaminhadas as respostas e, a partir delas, serão tomadas providências para pedidos de encaminhamentos aos tratamentos e insumos adequados.
Relatório
A visita da equipe multidisciplinar da Defensoria Pública à casa de Kayorrane na quarta-feira, 19, por demanda do defensor público Arthur Luiz Pádua Marques. Na ocasião, foi aplicado questionário socioeconômico, entrevista social e observação in loco, a fim de conhecer as condições em que vive a assistida.
Kayorrane possui laudo atestando Patologia Debilitante Paraplégica, após ter passado por intervenção cirúrgica na coluna em julho de 2015, no Hospital Geral de Palmas. Ela passou 40 dias internada pós procedimento cirúrgico, a qual recebeu alta hospitalar, indicando a necessidade de cadeira de rodas e de banho. A solicitação foi feita pela mãe ainda em 2015, foi fornecida uma cadeira que está atualmente desgastada e que não atende às necessidades da adolescente, assim foi solicitada uma nova. Ela passa o tempo todo deitada sob um colchão pneumático e apresenta limitações nos membros inferiores.
Conforme a mãe da adolescente, são necessários insumos, fraldas geriátricas e um acompanhamento escolar. Francineide relatou ainda que deseja fazer adaptações na casa, como forrar e instalar um ar condicionado no quarto da filha, banheiro com maior acessibilidade, construir rampa de acesso para cadeira de rodas e adquirir uma cama adaptada às necessidades de Kayorrane, do qual não dispõem de prescrição médica.