A senadora Kátia Abreu (PMDB/TO) posicionou-se por meio de nota sobre supostas declarações que ela teria feito contra políticos e um jornalista do Tocantins. Kátia informou que, por ter agenda corrida, quem alimenta sua página na rede social Facebook é sua equipe de apoio, a qual a senadora afirma que, recententemente, teria feito mudanças e que acabou publicando as postagens de ataque.
"Como vocês devem imaginar, eu tenho uma equipe que me ajuda a manter a página atualizada e a responder aos comentários dos seguidores, afinal eu não conseguiria fazer esse trabalho sozinha enquanto me dedico ao Senado e às intensas agendas no Tocantins. Ocorre que fiz algumas mudanças na equipe e, como muita gente aqui percebeu, infelizmente houve várias postagens equivocadas", explica a senadora.
Os comentários foram em relação aos votos de parlamentares tocantinenses direcionados na Reforma Trabalhista, na denúncia contra o presidente Michel Temer, entre outros, além do questionamento ao jornalista. Todos já apagados.
A senadora pediu desculpas pelo ocorrido. "Peço desculpas a todos que se sentiram ofendidos. Não sou favorável a ataques. Vocês me conhecem e sabem que uso essa rede para divulgar minha atividade parlamentar, falar sobre o Tocantins – até para fazer críticas à gestão estadual - e, acima de tudo, para ouvi-los", frisou.
A senadora agradeceu o apoio e a preocupação dos seguidores. "Vocês são o motivo de essa rede existir. Por isso, convido todos a continuarem seguindo minha página, compartilhando, curtindo e comentando o que postamos. Convidem seus amigos e tragam suas ideias. Quero muito ouvi-los e fazer daqui um canal de diálogo em benefício do Tocantins", finalizou.
Josi Nunes
Na tribuna da Câmara dos Deputados durante a sessão vespertina nesta terça-feira, 8, a deputada federal, Josi Nunes (PMDB/TO), criticou a senadora Kátia Abreu por seus supostos posicionamentos nas redes sociais. "No último final de semana, alguns de nós, deputados federais do Tocantins, nos deparamos com uma série de ataques da senadora Kátia Abreu que usou suas redes sociais para propagar inverdades em forma de publicações contra mim e outros parlamentares do Tocantins que estaríamos votando matérias contra as mulheres ", disse Josi.
Josi e os demais deputados federais do Tocantins - com exceção de Dulce Miranda que ausentou-se da sessão -, votaram a favor da Reforma Trabalhista. Segundo Josi Nunes, foi dito por Kátia que a deputada votou contra as mulheres. Para a deputada, seria mais prudente por parte da senadora Kátia, verificar informações antes de tentar disseminar o ódio. "Acredito que o princípio básico da Democracia, é respeitar a opinião do outro, mesmo discordando da mesma", afirmou Josi.
Segundo a deputada federal, Kátia Abreu está desinformada quando o assunto é Reforma Trabalhista. "Pois bem, a senadora disse isso baseada na Reforma Trabalhista, que está sendo propagada de forma equivocada pela mesma. A senadora está demonstrando estar desinformada com relação a lei aprovada, bem como totalmente por fora do nosso trabalho e da minha atuação parlamentar. Se a senadora procurasse, sem muito esforço, perceberia as inúmeras vezes que usamos a tribuna para defender o combate à violência contra a mulher e todos os outros assuntos relacionados ao tema, como o fim da cultura do estupro. Saberia da nossa luta para ampliar a participação da mulher não só na política, bem como no mercado de trabalho e em todos os setores da sociedade", frisou Josi.
Ainda de acordo com Josi Nunes, durante a tramitação do projeto os pontos polêmicos foram adequados e melhorados. Segundo ela, com a regulamentação, são garantidas oportunidades para as mulheres. "Esse foi o objetivo desta proposta, pois o que se vê ainda hoje é a exclusão tácita do mercado de trabalho das trabalhadores mulheres diante da simples possibilidade de gravidez", afirmou. Para concluir, Josi disse ser necessário "parar com demagogia".
Sindjor
O Sindicato dos Jornalistas do Estado Tocantins (Sindjor) posicionou-se sobre o ocorrido no que se refere ao ataque ao jornalista Cleber Toledo e disse ver "com preocupação os embates em redes sociais envolvendo políticos e jornalistas". De acordo com o sindicato, a liberdade de expressão é direito consagrado em todas as democracias e também assegurado na Constituição Federal.
Segundo o Sindjor, a entidade orienta seus filiados e sugere aos jornalistas que "não se rendam a conflitos planejados que tem como objetivo intimidar, amedrontar, desqualificar os profissionais, essas situações ficam melhor resolvidas na esfera judicial".
Ainda segundo o Sindjor, nos relatórios anuais da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), destaca-se ano a ano o ocorrido em todo o Brasil e principalmente no Tocantins dos excessos cometidos contra jornalistas quando estes resolvem imprimir nos editoriais a impressão sobre parlamentares e atividades que realizam. "O Sindicato está atento e será intransigente na defesa do diálogo, do respeito, da boa conduta, e que a categoria não seja desrespeitado ou tenha violado os direitos tanto profissionais como pessoais", afirma o Sindjor em sua nota.
O Sindjor arremata sua nota afirmando que, "nesse momento em que se avizinha mais um processo eleitoral, onde se buscam holofotes e criar factoides estejamos atentos para que situações isoladas não contamine o debate e coloque em risco, por meio de atitudes intimidatórias, o próprio direito de informar", conclui.